segunda-feira, 5 de maio de 2008

Você é Viciado?

Outro dia, vi no telejornal local uma reportagem que falava de uma planta cujo aroma espantava o mosquito da dengue. É a chamada Citronela. A planta estava sendo experimentada numa cidade do Ceará (cujo nome não me lembro agora), sob a promessa de ser utilizada em todo o estado, se contribuir para a redução dos casos de dengue nesse lugar.

Pensei: “Que idéia fantástica!!! Repelir os mosquitos só cultivando essa planta”. Mas imediatamente me veio ao pensamento os motivos que levam o homem a tomar tal atitude. Talvez motivado pela regra dos “Cinco POR QUÊs”, que andei lendo recentemente, cheguei a uma causa raiz do problema da degue. Repito: UMA causa raiz.

E então me lembrei de outras reportagens que mostravam pessoas evitando a entrada dos agentes fiscalizadores da dengue em suas casas, argumentando não haver necessidade de uma vistoria, pois estava tudo ok por lá, quando na verdade não estava.

A causa raiz que cheguei foi “O Vício do Homem”. Essa Citronela é mais uma solução rápida, fácil e imediata que o homem aplica, para resolver os problemas que, por muitas vezes, ele mesmo gera. Os problemas de que falo são aqueles causados pelo próprio vício do homem. Nesta enorme lista de vícios mantida pelo homem, podemos citar alguns nomes, como: comida, dinheiro, sexo, comodismo, egoísmo, etc.

O homem cheio de vícios prefere manter-se na inércia da preguiça, ou seja, não mudar seus maus hábitos e buscar soluções imediatas. Imediatismo que ignora as conseqüências que essas ditas soluções nos trazem a longo prazo. Por quê? Vê só... Se o camarada não tem perspectiva de futuro (tudo o que virá será ruim), o passado dele é sempre uma “bosta” (sempre ferido), só resta o presente para que ele possa dizer “vamos comer e beber, porque amanhã morreremos”. E se amanhã vou morrer, por que eu deveria deixar meus vícios de lado, para levar uma vida mais feliz?

Já pensou como um vício afeta nossa relação com as pessoas em casa, no trabalho (não só com as pessoas, mas também o próprio trabalho fica mais improdutivo), no lazer, ...? Um homem sem vícios é um homem feliz. Basta perguntar a qualquer ex-drogado sobre isso.

Nesse caso da dengue, vejo o vício do comodismo e do egoísmo rodeando o homem de hoje, levando-o a dizer: “Isso não tem nada a ver comigo; o outro é quem tem que mudar; é culpa do governo que não faz nada”... e por aí vai muitas outras desculpas. O mosquito viaja então para outra área, outro estado, outra região. Por quê? Porque a planta não o mata, só repele. É mais fácil cultivar uma plantinha do que me levantar e ir procurar pneus, garrafas, baldes, calhas entupidas, que têm água parada.

Do jeito que o homem é cheio de vícios, eu não duvido nada de que amanhã ele vai ter preguiça de cuidar da planta e vai procurar outra solução para que a planta não morra. E assim o problema vai sempre se tornando outro problema, e depois outro, e mais outro, mas nunca é resolvido. Lógico, o tempo não pára, e o homem só tem o agora para fazer o que quer fazer (ele não tem o amanhã, lembra?).

Bem, parei diante de mim e comecei a enxergar mais alguns vícios meus. Não sou hipócrita de dizer que eu não tenho vícios. Vícios que aprendi com a sociedade, e vícios que ela aprendeu comigo. Mas o que me diferencia de outras pessoas é que eu quero ficar livre desses vícios, eu quero mudar, não quero ser o mesmo, principalmente porque sei que tenho um futuro que me espera, um futuro que só vai ser uma “bosta” se eu não eliminar meus vícios hoje, no presente. Aos poucos estou conseguindo.

Vejam só... Aqui foi dado um exemplo do nosso vício. Tenho certeza que temos muito mais. E você? Viu algum vício em você? Você é Viciado? Eu garanto que tem, basta procurar. :) Mas não nos desesperemos! Temos a quem recorrer! Recorramos a quem tem a força necessária para nos libertar. Fica então pra mim e pra você uma breve oração que, feita sempre de coração, vai nos ajudar a ultrapassar nossas barreiras: “Pai, lança-me, cada dia, na aventura do Espírito Santo, que me tira do comodismo e do abatimento e me faz superar meus próprios limites”. Essa é a inércia do Espírito Santo.