segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Vocação do professor

Cada vez mais eu tenho certeza de uma coisa nessa vida: 

Quem julga saber algo mais do que outra pessoa, deve rebaixar-se, humilhar-se, e falar na linguagem dessa pessoa para  levantá-la até o ponto de conhecimento que se julga ter.

Sei que alguns vão entender errado, pois não aceitam humilhações quanto mais humilhar-se a si mesmo. Mas humilhar-se aqui está associada à palavra rebaixar-se, sair do pedestal do conhecimento para pisar no chão da ignorância. Isso mesmo, pisar lá embaixo onde já se esteve um dia. E não importa se esse dia, você foi humilhado por quem estava no pedestal, ou foi elevado por ele ao nível de conhecimento que ele tinha. Sua obrigação é ensinar e não revidar ou descontar em outros.

Mas a pessoa que julga saber mais pode estar equivocada e na verdade ser ela quem tem que aprender.

É verdade! Se isso acontecer ela terá grande chance de reconhecer isso, pois humilhou-se e jogou a soberba de lado. Para quem não se rebaixa fica difícil reconhecer que precisa aprender. Este vai continuar no pedestal.

A essa certeza da minha vida eu chamo de "Vocação do Professor". Entretanto essa vocação não se restringe à categoria dos professores, ela é própria de quem ensina. E onde houver alguém para aprender essa vocação deve ser exercida. Na família, seja quando nascemos, seja quando o filho não compreende os pais e os pais o filho; na escola; nos trabalhos em conjunto da faculdade; no amigo que precisa de ajuda no trabalho; no avô que ensina os mais novos; ... Enfim, onde houver alguém que precisa aprender.

Já fazia um tempo que estava querendo escrever sobre isso, mas ao ler as leituras da liturgia de ontem (09/02/2014) tive certeza de que era o momento, pois, para mim, todas apontaram para a humildade.

Um professor ensina o que sabe. Seja arrogância, seja humildade.

Que você seja um professor, ainda que não seja siga a carreira de professor.