quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Faço ou não faço? Faço!


Um belo instante na Eternidade (que não tem instante, pois é Eternidade), Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo conversam antes de fazerem o homem.

- Vamos fazê-lo à nossa imagem e semelhança?
- SIM!
- CLARO!
- Mas como somos o Deus Uno e Trino e somos Oniscientes, sabemos que ao darmos ao homem o livre arbítrio, ele vai se rebelar contra nós.
- Muitos deles não vão nem acreditar em nós.
- Muitos vão perseguir aqueles que confiarão em nós.
- Eu mesmo terei que ir visitá-los e mostrá-los nossa face.
- Eu falarei com eles até o momento em que você for, para preparar o caminho.
- Mas sabemos que eles irão te tratar como um amaldiçoado e não vão reconhecer tua natureza Divina.
- Mesmo assim atrairei muitos para Nós e em seguida envio Você para revelar-lhes toda a Verdade que eles vão ter no meio deles, mas não vão entender.
- Mas não tem problema se muitos não vão acreditar. Nós faremos o sol nascer para eles também, e sempre esperaremos que eles voltem seus corações para nós.
- Faremos o homem porque queremos compartilhar com eles a nossa Alegria perfeita, mesmo que muitos deles não nos conheçam, não nos queiram por perto, não nos agradeçam pelos nossos benefícios, não percebam nas pequenas coisas nossa sábia mão agindo.
- Queremos dar-lhes tudo de nós: o AMOR, ou seja, nós mesmos.
- Sem nós eles não são nada, por isso queremos que eles nos conheçam.
- Sonhei com isso.
- E por tudo isso, "façamos o homem à nossa imagem e semelhança".

Eita AMOR do "pipoco"!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

As preocupações me perseguem


A história a seguir é divertida, mas bem atual na vida de muitos. O seu desfecho é a minha sugestão para vencer as preocupações que caminham do nosso lado 24 horas por dia. O texto parece longo, mas é rápido de ler, pois tem muito diálogo curto.

Se você tem muita preocupação na cabeça, vale à pena conferir essa história.

Enfim, segue a história:

O cara está trancado no seu quarto lendo a Bíblia e encontra a passagem de São Paulo aos Filipenses, Capítulo 4, do Versículo 6 ao 8, que diz assim:

Não vos inquieteis com nada! Em todas as cincustâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus. Além disto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar os vossos pensamentos.

E pensa consigo mesmo (com aquele ar de “a ficha caiu”):

- Caramba! Devo apresentar a Deus minha preocupações através da oração, súplica e ação de graças, e a paz de Deus vai guardar meu coração e meus pensamentos! E tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, boa fama, virtuoso e louvável é o que deve ficar no lugar das preocupações. Já sei o que vou fazer.

Enquanto isso do outro lado da porta estão todas as preocupações desse cara (todas elas personificadas) com os ouvidos e olhos colados na porta. E elas comentam entre si:

- Ele ainda tá falando?
- Acho que não. Não ouço nada.
- Será que ele vai demorar pra sair daí? Tenho que lembrá-lo de alguns probleminhas da Vida dele.

Nesse momento o cara fecha a Bíblia e se dirige à porta do quarto. Eis que uma das preocupações (que estava olhando por debaixo da porta diz):

- Silêncio! Acho que ele está vindo! Tô vendo os pés dele vindo na direção da porta.
- Tem certeza que são os pés dele? Da outra vez você disse a mesma coisa, mas na verdade eram os pés do robô “Faz tudo da Estrela” que ele ganhou no…

Ainda falava essa “preocupação” quando o cara abre a porta. Resultado: todas as suas preocupações caem nos seus pés.

- Vocês de novo?! - Esbraveja o cara. - Deixem me em paz.

Então foram aos poucos se levantando e as preocupações começaram com o falatório:

- Eu tô querendo te ajudar a você não perder seu emprego, e você me trata assim? - Sente-se ferida a preocupação com o Trabalho. E continuou: - Você tem que me ajudar a te ajudar, entendeu?
- Não entendi nada! - Responde o cara.
- Essa nem eu entendi. - Comenta a preocupação com a Saúde.
- Saiam da minha frente, que eu preciso sair! - Fala o cara, abrindo caminho com as mãos.

E caminhando, ele continua ouvindo as preocupações seguindo seus passos:

- Mas onde você vai? Tem muitos perigos aí do lado de fora. - Falou a preocupação com a Vida. - Muitos assaltos, muita morte. É melhor você ficar em casa!
- A preocupação com a vida está certa. Como vai ser a vida da sua família (esposa e filhos) se acontecer algo de ruim com você? - Pergunta a preocupação com o Futuro.
- Ai ai ai ai ai! Se você for demitido por chegar atrasado no trabalho mais uma vez, como você vai se sustentar? - Agora a preocupação com o Dinheiro se desespera. - Como você vai sustentar sua família?
- Aproveito a “deixa” (o gancho) da preocupação com o Dinheiro pra perguntar como você vai comprar remédios para sua mãe que está no hospital? - Foi a vez da preocupação com a Saúde. - E como vai pagar as parcelas atrasadas do Plano de Saúde.
- Pera aí, pessoal. - Falou a preocupação com a Auto Imagem. - Vocês não estão vendo que estão tirando o foco da vida do cara?

As outras preocupações baixam a cabeça como sinal de vergonha, e ouvem a preocupação com a Auto Imagem continuar seu discusso.

- Desse jeito ele não vai ter tempo nem pra malhar pra perder esses pneus aí. Cara, você tá parecendo o bonequinho dos pneus Michelin. Se continuar nesse ritmo, sua esposa vai te deixar, vai ficar cansado com o peso, por consequência você não vai conseguir produzir da mesma forma que produzia antes, daí você vai ser demitido, e vai acontecer o que as outras preocupações estavam falando até agora. Você tem que manter o foco na sua Auto Imagem.

Então todas as outras preocupações perceberam que a Auto Imagem estava querendo ganhar o cara, e voltaram à discussão.

- Tempo é mais importante, pois não sabemos o que será do nosso Futuro.
- Quero ver você passar o tempo sem Dinheiro. Num instante você morre.
- Quero ver dinheiro sem Trabalho.
- Pra que dinheiro? Pra chamar o ladrão para tirar a sua Vida? Até prestes a morrer o dinheiro não pode fazer nada.
- Por isso tem que tomar cuidado com a Saúde desde hoje.
- E cuidado também com a Auto Imagem, pra garantir que isso tudo aí que vocês disseram não vai acontecer.

O cara não aguenta e grita:

- CALEM-SE! Vocês falam demais e não deixam que em meus pensamentos aja tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, boa fama, virtuoso e louvável. Vocês fazem muito barulho na minha cabeça, de forma que eu não consigo ouvir nem a mim mesmo. Hoje vou dar um jeito em vocês todos.
- Como assim um jeito? - Questiona, a preocupação coma Vida.
- Nós só queremos ficar em Paz, sabendo que você está tomando conta da gente. - Falou a preocupação com o Futuro.
- E tendo tudo resolvido, você também fica am Paz, cara. - Se justifica a preocupação com a Auto Imagem.
- Até parece! Toda vez que eu olho pra vocês, vocês só ficam mais agitadas. Pois bem, todos nós precisamos de Paz. Descobri um jeito de trazer Paz para vocês e para mim. - Fala o cara.
- E como é? - Pergunta a preocupação com a Saúde.
- Eu aposto que tem dinheiro na jogada. - Se mete na conversa a preocupação com o Dinheiro - Só o dinheiro pra trazer a Paz.
- Cala a boca! - Exclama a preocupação com o Trabalho. - Deixa o cara mostrar primeiro pra depois você falar.
- Silêncio. Estamos chegando! - Fala o cara.

Assim todos eles vão se aproximando de uma Igreja.

O cara diz a todos eles:

- Fiquem aqui e só entrem quando eu mandar. E de uma por uma.
- OK! - Responderam as preocupações.

O cara entra na Igreja, aproxima-se do Santíssimo (Jesus Eucarístico), ajoelha-se diante dele, faz o Sinal da Cruz, respira fundo e começa a seguinte oração:

- Até hoje, Senhor, não sabia o que fazer com minhas preocupações, mas hoje quando li Fl 4, 6 - 8 descobri o que fazer para me livrar delas e alcançar a Paz. Por isso quero, por essa oração, te entregar meu Trabalho e seus stresses, os riscos que minha Vida corre, os problemas de Saúde da minha mãe, bem como a Saúde do meu corpo também, a falta de Dinheiro, os maus pensamentos a respeito do Futuro, e falsa vontade de agradar aos outros com medo que minha Imagem fique queimada diante deles.

E foi chamando uma por uma para se chegarem diante do Senhor, a começar pela preocupação com o Trabalho.

Chegando ela diante do Senhor, permanaceu de pé e totalmente relaxada. O cara olha pra ela (de baixo para cima) e pergunta:

- Você tem algum problema no joelho?
- Não!
- Tá cansada?
- Não!
- Então se ajoelhe!
- Por quê?
- Sabem quem está aqui na minha frente?
- Não!
- Jesus Cristo, Reis dos Reis e Senhor dos Senhores.
- Caramba! Sério?! Isso tudinho aí dentro dessa caixinha?
- Sim.
- Claro! Claro! - E se ajoelhando continua - Mas me diga uma coisa.
- Pois não.
- Ele pode te ajudar com os problemas no Trabalho? Tipo assim: resolver, superar.
- Pode. Ele pode tudo.
- Então por mim tá valendo. - E hesitando pergunta novamente: - Ele pode tudo, tudo, tudo mesmo?
- Pode.
- Então Jesus, eu vou ficar com o Senhor aí dentro. Pode ser?

Então aparecem duas mãos de dentro (pode ser de lado também) do Santíssimo fazendo sinal de chamado, como se estivesse dizendo: “Vem!” A preocupação com o Trabalho se levantou e andou na direção do Santíssimo e sumiu.

E o cara olha pra Jesus e diz:

- Obrigado, Jesus, pois sei que o Senhor vai tomar conta e me ajudar a superar todos os problemas que me aparecerem.

Nesse instante todas as outras preocupações que ficaram do lado de fora ficaram com medo, e nenhuma delas queria entrar mais. Ficavam empurrando umas às outras para entrar. E diziam entre si:

- Vai você!
- Eu não, vai você!
- Eu não, vai tu só!
- Eu só vou se você for!
- E eu só vou se você for!

Então o cara chamou todas as outras preocupações uma por uma, e o mesmo ritual que aconteceu com a preocupação com o Trabalho, aconteceu com as outras preocupações.

À cada preocupação que ia embora, seu coração ficava mais leve. E antes de ir embora agradeceu a Jesus dizendo um LEVE, PACÍFICO e PROFUNDO:

- “Muito Obrigado, Senhor”!

Sim! Verdadeiramente esse cara saiu daquela Igreja com o Sorriso de Deus nos lábios e no coração.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Síndrome de (1 / Peter Pan)


O Dr. Dan Kiley escreveu em 1983 um livro chamado The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up, ou seja, Síndrome de Peter Pan: Homens que nunca cresceram. O livro fala que muitos homens têm problemas ao lidarem com responsabilidade, e, em virtude disso, comportam-se como crianças.

Mas esse post é para falar da recém criada (right now) Síndrome do Inverso de Peter Pan. É a síndrome que ataca aquelas pessoas que se tornaram adultas e não conseguem mais voltar a ser crianças, pois seus corações já não as permitem sentir as mesmas sensações que uma criança sente, como: medo, insegurança, vontade de chorar; e outras como: conforto por ter um pai e uma mãe. Longe de mim comparar essas duas síndromes. Até porque a primeira foi só o gancho para essa que eu acabei de criar.

Muitas pessoas crescem e se tornam adultas que não são capazes de expor seus sentimentos. Elas não conseguem dizer para outro adulto que estão com medo.

- Medo de quê?

Isso é o que diria outro adulto para ele (o medroso). Ora, medo do desconhecido, do novo. Quem sofre dessa síndrome, depois que chega à fase adulta, não consegue mais assumir que não sabe de algo, que não é tão corajoso o quanto se mostra ser, que não é um poço de seguranças e, que às vezes sente voltade de chorar. Nessa fase o adulto já esqueceu dos braços do pai e da mãe.

Aprendamos que, todos os dias, novos desafios nos são dados e que não há mal algum em sentir medo e dizer que não sabemos resolver os problemas, pois nunca nos deparamos com eles até o presente momento. Ora, se você nunca se deparou com esse problema ou desafio, você não sabe resolvê-lo de imediato. Você vai por indução, pelo tato, pelos histórico de problemas parecidos que você resolveu no passado, mas a solução de imediato, na lata, você não tem.

Tudo isso para dizer que somos sempre crianças, pois sempre temos algo novo para conhecer. E como o desconhecido às vezes causa medo, sentiremos medo sempre. Mas existe uma diferença entre a eterna criança e o adulto portador da síndrome: a criança encara as novidades com confiança nos pais, enquanto o adulto não assume que não sabe ou que tem medo e fica (mesmo sem saber ou com medo) travado na resolução do problema. Não digo que ele não consiga resolver o problema depois, mas vai gerar muito mais desconforto nos que o rodeiam e vai gerar muito mais confusão do que a criança que sabe que os pais estão ali para ajudá-la nessas horas.

Termino dizendo que onde você estiver: casa, escola, universidade, trabalho, festa, ... não seja um adulto com essa síndrome, mas seja uma eterna criança que confia em Deus para ajudá-lo a superar seus próprios limites. E não se preocupe, essa criança não tem nada a ver com o Peter Pan do Dr. Dan Kiley do começo do texto.