terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cultura de morte: uma covardia contra o próprio homem

Essa turma inventa tudo. Agora tão querendo matar crianças com deficiência, porque os abençoados pais não suportam o sofrimento. E essa turma é esperta, viu? Eles não chamam de infanticídio, eles chamam de eutanásia de crianças. Na Bélgica e na Holanda os camaradas já estão se articulando pra isso. Não sei em que pé está, pois estamos em Outubro e eu só vi notícias de Junho e de Setembro de 2013.

Querem a todo custo implantar a cultura de morte. Mas eles não querem fazer isso porque querem a morte, eles fazem isso por não terem mais VIDA. E eles sabem fazer o negócio, pois como disse eles mudam os termos para parecer que é natural matar.

O fato é que o ser humano está perdendo a capacidade de sofrer. Sim, sofrer mesmo. Tudo o que me trouxer sofrimento, eu mato. Como se isso fosse resolver o problema do sofrimento bater a minha porta. O sofrimento sempre vai bater minha porta. Eu posso brigar com ele, ou oferecê-lo um cafezinho. Se eu optar por brigar com ele, estarei me iludindo, pois em outro momento ele baterá de novo e quem vai perder as forças serei eu.

E por não conseguir sofrer mais nessa vida, querem voltar ao tempo de Esparta, onde crianças com defeito morriam, pois eles não queriam ninguém atrapalhando o exército deles.

Quem se inclina para esse caminho nunca achará vida. Sempre achará morte, seja no caminho dessa criança que "traz" sofrimentos, seja no caminho desses pais. Quem planta morte, colhe morte. Pois os argumentos usados, podem ser usados em qualquer idade da vida humana. Por exemplo, se a criança não puder dirigir quando for adulta, então é melhor matá-la, pois será um sofrimento para ela e para nós. Agora peguemos uma pessoa adulta e "normal" (normal beeeeemmmmm entre aspas) que sofre um acidente e não consegue dirigir mais. Resultado? Morte pra ela.

Me desculpe a expressão, mas é que eu estou um pouco indignado aqui. Só um ESTÚPIDO não enxerga isso. Que inteligência é essa que nós temos?

Quando nós abandonamos a VIDA, nós vamos desejar a morte. E é isso o que está acontecendo. E a prova que isso é uma cultura de morte é que até crianças tão optando por morrer: "Once in a while we have some situation... when the child is asking for [euthanasia] and you know this child is really, really capable of making this decision, then it’s very awful when you can’t do anything," says Joris Verlooy, a Belgian paediatrician practising in The Netherlands.

Já pensou, uma criança optar por morrer? Isso é uma involução, um retrocesso no desenvolvimento da humanidade. Uma humanidade desenvolvida escolhe a vida. Optar pela morte mostra um retardamento mental dessa sociedade. E a prova é essa, uma criança escolher isso. Criança aprende tudo com os pais, e se os pais só têm a morte para lhe oferecer, quem vai exigir dessa criança que ela opte pela vida?

Talvez eu não esteja vivo para ver as consequências dessas decisões nesses países e no mundo. Mas gostaria muito. Deus tenha misericórdia da humanidade, ou seja, que nossa miséria se encontre com o coração de Deus, Autor da Vida.

Seguem os links para vocês lerem:

http://blogs.telegraph.co.uk/news/timstanley/100222557/belgium-and-the-netherlands-consider-permitting-euthanasia-for-children-including-to-relieve-suffering-for-the-parents/

http://www.washingtontimes.com/news/2013/jun/20/dutch-consider-euthanasia-children-relieve-sufferi/

http://www.independent.co.uk/news/world/europe/babies-dont-need-to-die-like-this-the-argument-for-child-euthanasia-8815627.html

http://en.wikipedia.org/wiki/Child_euthanasia

sábado, 14 de setembro de 2013

Preconceito significa...

... um juízo preconcebido, ou seja, é um pré conceito, ou um conceito prévio. Mas prévio a que? Prévio ao conhecimento. Isso significa que alguém manifesta um preconceito quando expõe um conceito sem mesmo ter conhecido o objeto do que se conceitua. Tudo bem até aqui?

Mas uma vez que o cidadão buscou conhecer, deixando o orgulho de lado, podemos dizer que agora ele tem um conceito. E o fato de ter um conceito não significa que a partir de agora, ele tenha que aceitar ou concordar com aquele conceito. Ele tem sim que respeitar mais ainda, pois agora conhece, mas não podemos dizer que o cidadão continua preconceituoso só porque ele não concorda ou aceita o conceito que ele estudou e conheceu.

Tanto ele deve respeitar o conceito que ele discorda, como ele deve ser respeitado no conceito formado que ele tem sobre algo.

Resumindo... Forme seu conceito e decida se muda ou não de idéia. E não sejamos ignorantes de achar que alguém é preconceituoso só por opinar ao contrário, pois pode ser que ele já tenha a opinião dele formada sobre o assunto. É claro que sempre se pode conhecer mais sobre algo, mas mesmo conhecendo sempre mais e mais, o conceito formado pode continuar discordando ou pode passar a concordar.

Preconceito é um juízo preconcebido. Conceito concebido após conhecimento e formação, não é preconceito. Lembre-se disso.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Meio copo cheio, meio copo vazio

O povo de Israel estava caminhando no deserto e começou a reclamar com Moisés, porque no Egito eles tinham o que comer, mas ali no deserto eles estavam à beira da morte de tanta fome.

Moisés falou com Deus e Deus disse que ia fazer descer o pão do céu. Bem mais tarde, chega Jesus e diz: "Eu sou o pão vivo descido do céu". Mas aí é outra história que não é o motivo desse post. Foi só porque me empolguei mesmo. :)

Aí aconteceu o seguinte: "

13 Com efeito, à tarde, veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orvalho ao redor do acampamento. 14Quando se evaporou o orvalho que caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos, fina como a geada sobre a terra.

15 Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram entre si: “Que é isto?” Porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: “Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”

" (Ex 16, 13-15).

E aqui está o motivo desse post. O que não crê vai falar que foi algo natural ou uma grande coincidência as codornizes terem aparecido e depois o orvalho e depois a evaporação dele, e que ciência explica isso, e que isso é tudo natural. Como se para Deus fosse muito difícil agir no natural, afinal Deus é Deus e tem que ser fora do normal, tem que ser espetacular e extraordinário.

Já o que crê fala como Moisés: "Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento". O crédito dado ao natural foi passado para Deus, e o natural foi só o meio, a forma, que Deus usou.

segunda-feira, 18 de março de 2013

O Papa tá lascado para atender todo mundo


- Quais os grandes desafios a serem enfrentados pelo novo Papa?
- Tudo que envolve minhas vontades.

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Brincadeiras à parte, é isso o que tenho visto nesses últimos dias (na Internet e na TV). O mundo dizendo o que quer, tem vontade e deseja, mas sob as vestes da palavra desafio.

Imagina eu chegar a primeira vez na sua casa e dizer: seu desafio é colocar esse sofá encostado nessa parede e não na outra. E encher você de desafios, que na verdade são apenas as minhas vontades. Desafio mesmo é visto por alguém de dentro da sua casa. Alguém que conhece você e a casa. Esse sim, vê desafios.

Os teólogos da libertação dizem que um dos desafios é tornar a Igreja uma democracia. Eles QUEREM isso. Os defensores dos homossexuais dizem que um dos desafios a serem encarados é o reconhecimento do casamento gay. Eles QUEREM isso. As feministas dizem que o desafio do novo Papa é dar uma maior participação da mulher na Igreja. Elas QUEREM isso. Os que acham que pedofilia é coisa exclusiva de padre dizem que o desafio do novo Papa deveria rever a questão do celibato. Eles QUEREM isso.

Me desculpem, mas nada disso é desafio para o Papa Francisco.

Tornar a Igreja uma democracia e desfigurar a figura do Papa é chegar pra Jesus e pedir pra Ele não dizer: "Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16, 19).

Reconhecer o casamento gay é pegar tudo o que São Paulo falou sobre a homossexualidade e jogar fora.

Maior participação da mulher na Igreja? Essa pra mim é a pior de todas. Meu amigo, o que mais tem na Igreja é mulher. :) Existem mulheres leigas, leigas consagradas, mulheres consagradas religiosas. Só não tem mulher no clero. No resto da Igreja toda tem. Então parem de usar essa belíssima expressão "maior participação da mulher na Igreja" ou outra que ouvi "participação mais ativa das mulheres na Igreja" e digam logo que querem mulheres sacerdotisas. Mas saiba que o que tem mais de ativo e participação na Igreja hoje são mulheres. Engraçado é que para isso usam argumentos simplistas demais, tipo: "Jesus era rodeado de mulheres", ou ainda "quando Jesus ressuscitou Ele apareceu primeiro para Maria Madalena, que é mulher". De fato, isso é verdade. Agora isso não dá direito algum da mulher ser sacerdotisa. Se é pra ser simplista peguemos o seguinte fato: quando Jesus chamou os Apóstolos, Ele só chamou homens. Pois é, é fácil ser simplista, né?

E aqui faço um adendo aos dois últimos itens mencionados: casamento gay e participação das mulheres. Ambos os casos alegam possuir DIREITO, mas esquecem que o matrimônio e o sacerdócio não são DIREITOS, mas VOCAÇÃO, ou seja CHAMADO. Não é direito meu ou seu, é Deus que chama.

Rever o celibato porque existem casos de pedofilia é associar pedofilia com a tensão vivida para manter a castidade. Respondam-me então se o pedófilo que não é padre, aquele que está dentro da sua casa, se ele tem alguma restrição com a castidade. Se ele tiver, então talvez a gente possa associar a isso. Mas é claro que ele não tem. Pedofilia nunca foi exclusividade de padre. Nas casas aí fora tá cheio de casos. Permitir que padres casem é só aumentar as estatísticas dos casos de pedofilia para dentro de casa, para a família, pois o padre que faz isso sem ter família, vai continuar fazendo se tiver, como muitos que não são padres e são pedófilos. O que se pode falar de desafio para o Papa Francisco aqui é identificar e evitar isso de acontecer no clero, ou ainda como tratar com casos que aconteceram ou virão a acontecer. Só.

Resumindo, não pergunte para quem é de fora os desafios que você deve viver dentro da sua casa. Desafio mesmo é fazer alguém de fora entender o porquê do seu sofá ficar onde está e que não há problema em estar onde está.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Onde estava Deus?


No Evangelho de hoje vemos a morte de João Batista que foi preso por denunciar o pecado de Herodes e depois decaptado pelo ódio que a esposa ilegítima de Herodes (Herodíades) tinha dele. Depois da perfeita dança da filha de Heoríades, Herodes jura dar o que ela quiser. E eis que ela pede, por indicação da mãe, a cabeça de João Batista num prato. Herodes cede e ordena ao soldado que assim o faça. O soldado foi até a prisão e degolou João Batista. E assim acabou-se a história de João Batista: com a cabeça num prato nas mãos de Herodíades.

Se esse evento tivesse acontecido nos dias de hoje, eu tenho certeza de que muitos questionariam: "Onde estava Deus que permitiu isso? Onde estava Deus que permitiu essa atrocidade? Onde estava Deus?". Porém quase ninguém iria se lembrar do Salmo de hoje que fala: "O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo?", e ainda "Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei", e também "Pois um abrigo me dará sob o seu teto nos dias da desgraça" e "Não me esqueçais nem me deixeis abandonado".

Será que Deus esqueceu João Batista? Do nosso ponto de vista pode ser que sim, mas será que do ponto de vista de João Batista, Deus esqueceu dele? Será que as expectativas de João Batista ao recitar esse salmo estavam meramente presa a esse mundo material? O mesmo salmo diz: "Senhor, é vossa face que eu procuro". Então o mundo material para João Batista era o mínimo, era a últimas das suas preocupações. E será que o que Deus tem a nos oferecer é somente nesse mundo físico? Muitos esperariam que Deus impedisse tal atrocidade com João Batista, pois Ele é Deus e é bom, e João Batista é bom, então Deus impediria sua morte.

Mas as pessoas esquecem que Deus fez isso muitas outras vezes ao seu povo. Quando libertou Israel do Egito, quando José foi resgatado do poço e vendido como escravo, quando libertou Pedro da prisão um dia antes de ser morto, quando caminhou com os três jovens na fornalha de Nabucodonosor e ninguém morreu queimado. Quando for preciso Ele faz. E quem somos nós para questionar a Sua inteligência e permissões. Isso quer dizer que Ele tramou a morte de João Batista? Não. Mas a liberdade de escolha dos homens, matou João Batista. Deus poderia ter intervido? Sim! Na hora em que Ele quisesse, Ele poderia ter feito João sumir dali e aparece em outro lugar. Mas não quis fazer. Deixou a liberdade humana agir. Ainda bem que Ele deixa o homem livre, pois caso contrário seríamos fantoches dEle.

Gosto muito da cena dos jovens na fornalha, pois o rei Nabucodonosor ameaça eles de morte caso eles não se protassem e não adorassem a estátua de ouro que ele tinha erguido. Eles dizem que não vão fazer isso, pois eles se prostram e adoram somente a Deus. O rei questiona se esse Deus deles poderia livrá-los das suas mãos: "e qual é o deus que poderia livrar-vos de minha mão?" (Dn 3, 15c). E essa pergunta que ele faz aos três jovens, ainda vive no coração de muitos, principalmente nos corações daqueles que não têm a resposta que os jovens tiveram. Eles olharam para o rei e disseram assim: "De nada vale responder-te a esse respeito. Se assim deve ser, o Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha ardente e mesmo, ó rei, de tua mão. E mesmo que não o fizesse, saibas, ó rei, que nós não renderemos culto algum a teus deuses e que nós não adoraremos a estátua de ouro que erigiste." (Dn 3, 16-18). Viram? Ele dizem ao rei que Deus pode livrá-los, mas ainda que Ele não o faça, eles continuarão fiéis a Deus.

Busquemos conhecer a Deus. Somos nós que precisamos nos adequar a Ele e não Ele a nós. Diante dos sofrimentos da vida, não esperemos de Deus somente alívios físicos e materiais, mas que nossa alma esteja voltada para Ele e encontre nEle o seu prazer. O Senhor quer participar com você da recitação do salmo de hoje e não fazer um monólogo que só Ele fala e você se cala. Não se sabe o que houve na prisão a não ser a degolação de João Batista, mas eu ousaria dizer que ele, segundos antes da morte, recitou salmos como o de hoje, se é que não foi o de hoje.

"O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei? Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei. Pois um abrigo me dará sob o seu teto nos dias da desgraça; no interior de sua tenda há de esconder-me e proteger-me sobre a rocha. Senhor, é vossa face que eu procuro; não me escondais a vossa face! Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado." (Sl 26, 1. 3. 5. 8b-9abc)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Um peso, duas medidas

Certa vez numa conversa entre amigos surgiu o assunto de que antigamente se achava que a Terra era quadrada e que a Igreja foi uma das que queria manter esse pensamento. Dessa conversa surgiu o post "Galileu e o Papa tiveram um pequeno desentendimento". Mas aqui quero me deter em outro aspecto dessa conversa. Um dos que estavam na conversa falou bem baixinho para o outro do lado: "São uns FDP". Uso FDP aqui para não escrever de forma integral o palavrão conhecido por essa sigla. Acho que ele falou baixo para não querer me ferir, pois sabe da minha participação na Igreja. Eu ouvi, mas não quis demonstrar minha chateação imediatamente e então escrevi o post mencionado acima. Hoje sabemos que a Terra é redonda.

Pois bem... Recentemente aprendi que os pediatras de antigamente ensinavam que não se deveria acordar recém-nascido para dar de mamar, mas hoje eles já ensinam que a cada 3h (4h no máximo) a criança, mesmo dormindo, deve ser acordada para mamar. Se a criança ficar sem comer por muito tempo pode ter uma hipoglicemia.

Pergunto agora. Poderia eu chamar os pediatras (de forma geral) de FDP? Ora, várias crianças colocadas em risco por conta do ensinamento deles. Isso se não houve fatalidades como, por exemplo, casos de crianças que tinham morte súbita ao dormirem de barriga pra baixo, quando na verdade se sabe que elas devem dormir de barriga pra cima ou, de preferência, de lado. Quantos pediatras ensinaram errado aos nossos pais, avós, bisavós, por muitos anos? Por que fizeram isso esses bastardos? Posso chamá-los (os de ontem e os de hoje) de FDP? Posso nunca mais visitar um pediatra com minha filha, porque os pediatras do passado falaram asneiras?

Num instante vai chegar o defensor da ciência dizendo: "Meu caro, a ciência evoluiu e percebeu que estava errada. Hoje só ensina errado quem não se atualizou no conhecimento". Ahhh! A ciência tem o direito de evoluir, mas a Igreja não. É isso? Falo Igreja, mas poderia muito bem me referir a qualquer religião. Mas voltando... Então é isso? A ciência tem o direito de evluir no conhecimento técnico/científico, e a Igreja não tem o direito de evoluir no conhecimento de Deus?

Bem, para que você saiba que a Igreja tem o direito de evoluir no conhecimento de Deus, faço uso das palavras do próprio Jesus quando disse: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora" (Jo 16, 12). Opaaaaa! Mas toda revelação de Deus foi manifestada em Jesus Cristo. Verdade, mas uma coisa é a manifestação, outra coisa bem diferente é o entendimento dela. Se não podemos suportar hoje, é melhor mesmo que só saibamos depois para que a gente não pire, mesmo que cometamos erros nesse caminho de aprendizado do antigo para o novo, do antes para o depois. E quando alcançarmos o novo, o depois, voltaremos para a estaca zero do ciclo, onde o que era novo passa a ser antigo, onde o que era depois passar a ser antes. A gente tá cansado de ver a pedagogia de Deus na Sagrada Escritura. Por exemplo: quantas vezes vemos os discípulos crendo em Jesus e na sua divindade? Creram nas bodas de Caná, creram quando o viram caminhar sobre o mar, creram quando Jesus ressuscitou dos mortos. O crer foi sendo amadurecido ao longo do tempo.

Citei aqui o exemplo dos pediatras, mas poderia ser qualquer outro exemplo da evolução da ciência, principalmente nos pontos onde ela percebe que estava errada. Isso sem falar na briga das "correntes" da ciência, o que para mim é uma demonstração de que nem eles sabem ainda o que estão descobrindo, mas estão no processo de descoberta. Poderia alguém daqui a, sei lá, 200 anos olhar para essa ciência de hoje e dizer: "São uns FDP"? Gente, bota a cabeça pra funcionar.

Se você dá espaço para a ciência errar e se contradizer até chegar numa ciência mais amadurecida, dê o mesmo espaço também para a Igreja. Afinal de contas, o simples fato de que pessoas (e por vezes as mesmas pessoas) vivem na ciência e na Igreja, potencializa a capacidade de errar nesses dois ambientes. Então não preciso falar mais, né? Pois onde há pessoas, não procure anjos.

Relógio revolucionário

Amigos,

Estou abrindo um negócio fantástico. Vou vender relógios.

E indo direto ao ponto, vou falar do modelo revolucionário para pais e mães, ou até mesmo para candidatos a pais e mães.

O primeiro modelo é chamado de ciclo 3, que é bastante simples como mostra a figura a seguir:


Você só precisará saber múltiplos de 3h. Chega de achar que o dia tem 24h. Seu filho(a) precisa comer nesse intervalo de tempo, portanto fica muito mais fácil e intuitivo ter um relógio dessa natureza. E já vem com alarme, vê que legal.

E se você ligar agora, você recebe também o modelo ciclo 2, conforme figura abaixo:



Para crianças que acordam antes das 3h e fazem seu ritmo de alimentação a cada 2h. Fantástico, não acha?

O melhor é o preço! Com apenas R$ 3.000,00 você receberá esse relógio na sua casa e com frete gratuito em todo o Brasil. Se você achou o preço salgado, veja o que um de nossos clientes falou a respeito:

- Você achou caro o preço do novo relógio revolucionário ciclo 3?
- No começo achei sim, mas depois vi que podia comprá-lo, pois depois que meu filho nasceu, eu não assistia mais à TV, nem usava mais o computador, então resolvi vender os dois para comprar o relógio.
- Foi uma troca justa, então?
- Claro! Pra que deixar em casa algo que não se usa? Melhor comprar o relógio que se usa.

Viram? Troca perfeita. E se você tiver mais alguma coisa em casa que você deixou de usar depois do nascimento do seu filho ou filha, venda e adquira já o novo relógio ciclo 3.

Ligue AGORA para (99) 9999-9999! Os 1000 primeiros que ligarem garantem gratuitamente o relógio ciclo 2. Você não pode perder.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Amor de pai

Oi Aline.

Deus me deu a graça de ser seu pai. Não sou Deus para dizer “antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci” (Jr 1, 5a), mas quando te conheci você tinha apenas 2 mm de tamanho. Você não tinha nem rostinho, mas já vivia no ventre de mamãe. E foi aí que te conheci. Você trouxe alegria muito grande, mesmo sendo tão picoxotinha.

Hoje, passado todo esse tempo de gestação, vejo seu rostinho lindo dormindo no berço e tenho vontade de te arrochar até te estourar. Sim, hoje você já tem um rostinho, e é lindo demais. Há quem diga que todo recém nascido tem cara de joelho, mas dizem isso porque não viram você. Sua voz é linda, embora eu não entenda nada do que você fala. Basta qualquer expressão sua e eu já me alegro. Na verdade, nem toda expressão, pois quando você chora eu fico aperriado. Mas é uma alegria enorme quando vejo sua paz ao mamar. Seus olhinhos olhando para a mamãe, e uma paz profunda. Sinto como se eu penetrasse também nessa zona de paz.

É muito bom te ver, te tocar, te colocar no colo e te ajudar a aliviar as dores causadas pela comilança feita na hora de mamar. Mesmo sendo pai de primeira viagem, me alegro por conseguir aprender a te fazer feliz.

Antes, eu chegava em casa do trabalho e encontrava sua mãe. Éramos só nós dois. Depois de um tempo encontrava vocês duas, mas ocupando um só espaço, pois você estava dentro da barriga de mamãe. Mas hoje é diferente. Hoje a sensação é única. A partir de hoje, como nunca foi na minha vida, vou chegar em casa depois do trabalho e terei você, além de sua mãe, me esperando.

Entre, minha filha. A casa que era de papai e de mamãe agora é sua também. Sejamos muito felizes nela, com a graça de Deus e a intercessão de Maria.

Meu Senhor e meu Deus, diante dessa maravilhosa experiência de Amor de ser pai, penso sobre a maravilhosa experiência de Amor de ser teu filho. Diante da beleza do amor que tenho pela minha filha, penso sobre a beleza do Amor que o Senhor tem por mim. Fico sem reação. Fico mudo. Só me resta deixar-me ser amado pelo Senhor, assim como Aline se deixa ser amada por mim. Perdoa todas as minhas faltas contra o Senhor, pois Seu Amor é caro demais. Seu Amor, Senhor, é incomparável.

Aline, papai também é filho de Papai do céu, assim como você. Vou fazer de tudo para que você encontre esse Amor que eu encontrei.

TE AMO, minha princesa. TE AMO, minha picoxotinha.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Crer é fácil. Difícil é EM QUEM crer.



Pegue uma pessoa que tem filhos, mas nunca perdeu um deles. E pergunte a ela se alguma coisa pode preencher o vazio deixado por um filho dela caso ela o perdesse. É possível que ela responda que nada preenche, que nada repara. Mas ela nunca perdeu para poder dizer isso. De onde, então, ela tirou essa resposta. Provavelmente de alguém que perdeu um filho. Alguém que vivenciou e atestou que nada apaga a dor da perda, sobretudo se foi uma perda brutal. A pessoa que não perdeu um filho simplesmente acreditou no que a outra pessoa disse. E não há nada de extraordinário nesse acreditar. Muitas outras pessoas que não têm sequer filhos, acreditariam se essa pessoa que não perdeu um filho repetisse a frase daquela que perdeu. Não seria necessário nem mesmo ver para acreditar, muito menos sentir a dor da perda, mas acreditar seria normal.

Entretanto, quando falamos em Deus, quando falamos que outras pessoas conviveram com Ele, tocaram em Deus encarnado, viram Ele morrer, viram Ele Ressuscitar, viram e experimentaram Seus milagres, caminharam longas jornadas com Ele, receberam ordens dEle, viram, ouviram, sorriram, choraram e falaram com Ele; me vem então a pergunta: por que acreditar em Deus se tornou tão difícil? Por que o acreditar do parágrafo acima é mais fácil do que o acreditar desse parágrafo?

A resposta que me vem de imediato é a facilidade de entendimento. Um entende-se facilmente, o outro não, pois é um mistério. Mas que fique claro que mistério não é algo oculto. Não! É revelado! Mas é inesgotável.

O fato de não entendermos o inesgotável, não pode fazer com que a gente pense que o mistério é falso. Simplesmente não enxergamos mais do que gostaríamos. Entretanto enxergamos. Não devo abandonar o mistério por não compreendê-lo totalmente. Continuo nele para compreende-lo mais e mais. O mistério está aí. Não é ele que está errado, sou eu que não o entendo. É como o texto curtinho que escrevi aqui no meu blog: Deus existe? Se você não sabe achar as raízes da equação, continue estudando que uma hora você consegue. É que hoje falta algo que lá na frente vai servir de impulso para você responder corretamente. E quando vai chegar isso que falta? Aí vai novamente o que já falei aqui sobre o Catecismo (parágrafo 2518) quando ele alerta para a sexta bem-aventurança que diz que os puros de coração verão a Deus. Logo em seguida ele fala de como conseguir a pureza de coração assim: Os fiéis devem crer nos artigos do símbolo, "para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo, vivam corretamente; vivendo corretamente, purifiquem seu coração; e, purificando o coração, compreendam o que crêem". Às vezes a gente não entende, porque nosso coração não está puro. E se não estiver puro como compreender as coisas do Alto?

Fica aí a reflexão para cada um de nós. Sou tão fácil ser cético para esse segundo parágrafo, mas sou igual a uma "beata" no primeiro parágrafo? Crer não é uma ação irracional, mas pelo contrário é uma decisão da razão. E essa decisão vale tanto para o primeiro como para o segundo parágrafo.