terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vendo Jesus a fé dos seus amigos...

O Evangelho em que Jesus cura um paralítico que foi colocado pelo teto de uma casa me chamou muito a atenção ontem no final da noite e hoje pela manhã. Vou tentar escrever e descrever o que eu vi e senti na leitura de Marcos 2, 1 – 12.

O primeiro ponto foi a fé dos amigos. Vejam a fé dos amigos. Chegaram numa casa entupida de gente, eles poderiam tentar entrar à força pela porta da frente, mas receio que fossem linchados pela falta de educação. Poderiam tentar as janelas, mas idem. A casa estava lotada para ver e ouvir Jesus. Então pensaram: “Rapaz a gente tem que botar esse cara lá dentro de todo jeito, porque Jesus está lá e ele pode curá-lo”. A solução foi o teto. Telha prum lado; telha pro outro; e paralítico no meio. A fé que move montanhas, aqui moveu telhas. Em nenhum momento do Evangelho dá pra saber como era a fé do paralítico. A fé dos amigos foi o que chamou a atenção de Jesus. E é para onde eu quero também chamar sua atenção. Os amigos tinham uma fé que não os deixavam parados diante da impotência de fazer seu amigo entrar naquela casa. A fé deles moviam-lhes os pés e as mãos a levar o amigo paralítico até Jesus. Era uma certeza sem igual. Aliás era mais que CERTEZA de que Jesus podia curar seu amigo. Eles eram capazes de tudo para realizarem esse encontro de Jesus com o paralítico, e somente isso saciaria seus corações. Eita fé incansável.

O segundo ponto que me chamou a atenção foi a sensibilidade de Jesus. Se Jesus fosse alguém insensível ele não entenderia o que estava acontecendo. Imagino Ele olhando um homem em cima de uma maca descendo teto abaixo, e assim que ele estivesse completamente diante dEle, Jesus diria: “Que danado é isso?! Num tô entendendo nada!” Hehehehehe. É triste notar, mas é assim mesmo que a gente se comporta quando estamos insensíveis. É um coração muito puro e delicado esse de Jesus. É um coração que ama. E como AMA!!! AMA demais.

O terceiro ponto foi o poder de Jesus. Jesus alegre por perdoar os pecados daquele homem, se depara com a insensibilidade dos fariseus que pensavam: “Só Deus pode perdoar pecados”. Ou seja, não reconheceram em Jesus a imagem do Pai. Para muitos curiosos Jesus era um milagreiro, um profeta, não mais que isso. Deus tem muita misericórdia de nós, viu?! E diante da nossa incredulidade Ele nos dá sinais para que possamos acreditar. “Que é mais fácil dizer ao paralítico: Os pecados te são perdoados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que CONHEÇAIS (e conhecer tem um sentido de saber, experimentar, sentir) o poder concedido ao Filho do homem sobre a terra (disse ao paralítico), eu te ordeno: levanta-te, toma o teu leito e vai para casa”. Jesus dá uma ordem, e como diz o ditado popular: manda quem pode e obedece quem tem juízo. Jesus PODE. :)

Diante dessas palavras e desse milagre o quarto ponto que me chamou a atenção foi o louvor do povo, pois VIRAM (COM OS OLHOS). Nossa fé infinitesimalmente pequena precisa algumas vezes VER para CRER, embora Jesus nos convide a viver a boa aventura de CRER para VER. Jesus sabe bem que nossos olhos carnais nos enganam muitas vezes, se eles não estiverem interligados com nossos olhos espirituais. Passemos colírio nos nossos olhos espirituais para filtrar tudo o que vemos com os olhos carnais, pois nem tudo o que vemos é bom. Já dizia Jesus: “Olho são, corpo são”. Isso me remete a Marcos 10, 47.

“Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: ‘Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”. Como o cego identificou Jesus? Para quem enxerga é preciso ser apresentado a um objeto para poder identificá-lo posteriormente. Como foi que o cego identificou Jesus? Será que ele tinha um amigo que falou de Jesus pra ele? Será que esse amigo estava na casa onde o paralítico desceu e foi curado? Ou será que não tinha amigo, pois devido à sua cegueira era considerado pecador e excluído, e por por ser sozinho só ouviu outras pessoas que caminhavam perto dele comentar sobre Jesus? Bendito seja o cego que teve fé por ouvir sobre Jesus.

Fé. Foi a palavra da vez hoje. A fé que foi transmitida pela pregação dos apóstolos e que hoje é transmitida pela pregação da Igreja Católica Apostólica Romana nos dias de hoje. A fé é transmitida pela pregação. Daí é fácil entender como fica inconsistente a fé daqueles que não ouvem a pregação, mas ao contrário pregam pra si mesmos. Quantas vezes já ouvi: “Eu tenho a minha fé!” De fato você tem a sua fé mesmo, mas me diga: de onde ela veio? pra onde ela te leva? Ela te leva para Jesus? Ela te leva para a salvação do corpo e da alma? Ela move montanhas pra você? Com o que você alimenta seu corpo e sua alma? Cuidado pra num ter uma indigestão! :)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Capítulo VI - Ah, se meu Código falasse!

Capítulo VI

No dia seguinte após o blá blá blá, assim que todos sairam da sala, o Gigante esperou 5 min de forma que pudesse pegar todos os conselheiros e o Rei na reunião que eles planejaram anteriormente, e pensava consigo mesmo:

- "Vou dar um tempo por aqui, de forma que eu chegue bem na hora em que esses ingratos estejam falando mal de mim, então terei motivos para desembainhar minha espada e derramar algum sangue, nem que seja para amedrontá-los. Não seguiram o processo, então cabeças vão rolar."

E passaram-se os 5 min. Então o guerreiro se dirigiu à passos leves para a cozinha. Interessante é que no meio do caminho ele ouviu umas pegadas de alguma pessoa. Conseguiu se aproximar de forma a tê-la no seu campo visual, mas se manteve distante.

- Deve ser algum dos conselheiros - Pensou o Guerreiro.

O Gigante não conseguiu reconhecer a pessoa, pois estava usando uma capa e um capus. Essa pessoa entrou na porta que levava a um dos corredores que levavam à sala de recepção Real (onde o Rei costumava receber suas visitas). O Gigante ao ver isso ficou confuso, pois a porta da cozinha era no sentido contrário. Então pensou:

- "Ou eu li errado ou o sujeito que vi não tem nada a ver com um dos conselheiros."

E verificando mais uma vez o bilhete ele se certifica que o local do encontro é a cozinha. Nem precisa dizer qual das portas um bom e velho processo escolheu, não é? Ao entrar na cozinha, não vê ninguém, nem mesmo os funcionários reais. Indignado consigo mesmo ele pensa:

- "Droga! Deveria ter pegado a outra porta! Quem manda ser certinho demais?! Será que dá tempo de não perder aquela pessoa de vista? Só se eu correr.".

Então o Guerreiro começou a correr com a missão de não perder aquela pessoa de vista, pois agora a suspeita de que aquela pessoa fosse um dos conselheiros aumentou em 73,92%. Então ele correu o mais rápido que podia. Até que ele conseguiu ver a pessoa novamente, mas ele já fazia tanto barulho com suas passadas pesadas que a pessoa misteriosa começou a correr também. A perseguição prosseguiu até que chegaram à sala de recepção Real, onde o Gigante Guerreiro Processo foi freando por uma enorme rede com pesos nas pontas que caiu do teto.

- O que significa isso?! - Exclama o Processo furiosamente.
- Já ouviu falar de Honeypot, meu caro?! - Fala o Rei se despindo da capa e do capus, à medida que seus conselheiros vão cercando o Processo.

Exatamente: uma armadilha. O Rei e os seus conselheiros armaram uma armadilha para o Gigante. O Processo se agita, se sacode, mas não consegue se libertar da rede, até que cansado ele desiste de se debater. Nesse momento o Rei se aproxima dele e eis que o espanto vem:

- O QUE? NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! – Chora copiosamente, o Processo, por conta da decepção que chegara aos seus olhos.

O Processo chora de dor no coração ao ver que o Rei estava com os ouvidos no devido lugar e não mais no nariz como estavam antes, bem como usando um cabelo rastafari.

- Isso mesmo Sir Processo. - O Rei continua o seu discusso de vitória - Eu estou consertado. Até que enfim esses trapalhões fizeram uma coisa que prestasse.
- Duvido que o senhor Rei esteja 100% consertado. - Ainda com lágrimas, o Processo lamenta.
- Basta olhar pra mim, e vai ver que estou normal.
- Eu não acredito! - Duvida veementemente o Gigante.
- Sabe de uma coisa? Depois desse tempo que estivemos com o senhor, Sir Processo, e depois de todo o trabalho que o senhor nos obrigou a fazer, nós aprendemos uma lição bastante importante.
- Suponho que tenham aprendido que não conseguem viver sem mim.
- Não, Sir Processo! Definitivamente não foi isso!
- E o que foi então, Alteza?
- Aprendemos que...
- Processo bom é aquele que come na nossa mão - Começa o primeiro.
- Processo bom é aquele que ajuda, e não aquele atrapalha. - Esse foi o segundo.
- Processo bom é aquele que entra mudo e sai calado. Aliás, até calado já tá errado. - O terceiro tava com uma raiva danada.
- Processo bom é aquele que guia, e não aprisiona. - Ajuda nos elogios o quarto.
- Processo bom é aquele que é transparente, e não aquele que aparece inconvenientemente em todo lugar. - Agora é a vez do quinto.
- Processo bom é aquele que obedece, e não aquele que manda. - Vez do sexto.
- Processo bom é aquele que serve, e não aquele que é servido. - Falou o sétimo.
- Processo bom é aquele que acompanha a equipe, e não aquele que faz a equipe acompanhar ele. - Falou o oitavo.
- Processo bom é aquele que junta, e não aquele que espalha. - E agora o nono.
- Processo bom é aquele que é útil, e não aquele que não serve pra nada. - Deixa sua marca o décimo.
- E quer sabe por que você não me pegou na corrida? - Finaliza o Rei com o ciclo de adjetivos. - Porque o senhor é PESADO, Sir Processo, o senhor é PESADO.

O Gigante tenta mais uma vez lutar para se livrar da rede, mas não tem sucesso. E já bastante cansado ele pergunta:

- Como deu tempo de vocês me prepararem essa armadilha? Eu vi o bilhete ontem, e hoje vocês já estavam com tudo pronto, foi muito rápido para um dia só.

O Rei respondeu:

- Simples. Primeiro é que não foi somente um dia, mas 10, pois cada conselheiro foi avisado com o bilhete; segundo é que nós não tínhamos só um bilhete, mas 2. Na última vez que fui à sala do blá blá blá, eu deixei dois bilhetes com o oitavo, que foi passando para todos os outros até chegar no primeiro, que entendeu o recado e deixou a isca para o senhor pegar. Primeiro, por favor, leia o segundo bilhete para o Processo.
- Não tá comigo, não! Eu acho que dei de volta pro segundo.
- Pra mim? Foi aquele papelzinho branco?
- Sim!
- Ou foi o azul?
- Não, o branco!
- Tem certeza?
- Quase 100%.
- Então eu acho que devolvi pro terceiro.
- Eu não peguei em nada! Eu lembro que você passou um papel azul pro quarto!
- Consegue ver que eles não são muito bons com documentos, Alteza? - Coloca o Rei na parede, o Processo.
- Calado! - Defende os seus, o Rei.
- Ahhhhh! Achei! Estava comigo mesmo. - Fala o primeiro todo desconsertado.
- Ai ai ai ai ai!!! Pois bem... Leia.

E o segundo bilhete dizia assim:

"Caros conselheiros,

Nesse bilhete segue o nosso plano para nos livrarmos de vez desse Gigante metido. Repassem esses dois bilhetes, até que todos tomem conhecimento, entretanto o Processo não pode de forma alguma ter conhecimento desse segundo bilhete. Depois que todos tiverem conhecimento do plano, o último vai deixar cair propositalmente no chão da sala o primeiro bilhete, de forma que o Guerreiro imagine que estamos tramando contra ele e ele queira tramar contra nós.

No dia seguinte (como fala no primeiro bilhete) vocês vão sair da sala e vão se dirigir para a sala de recepção Real, e vão segurar a rede até que o Processo venha. E como ele vai vir? Fácil! Eu vou passar disfarçado perto dele e da cozinha. E farei com que ele me siga. Não corro risco, pois acho que ele não vai me seguir até o corredor que dá para a sala de recepção Real, porque ele é muito arrow-mind que só porque leu cozinha, ele vai entrar na cozinha; mas supondo que eu esteja errado e ele me siga, sem problemas. Ele é tão PESADO que não terá pique para me alcançar.

Ass: Fonte"

- Bingo! - Celebra o Rei - Aqui estamos nós com o plano todo executado. Aliás quase todo.
- Como assim "quase todo"? Não me pegaram já? - Sem entender, o Processo pergunta.
- Nós te pegamos. - Responde o Rei - Falta agora te prender.
- O QUE?

E nesse mesmo instante as mãos e pés do Gigante foram presas por correntes a uma máquina enorme.

- Vocês não podem fazer isso! - Se debate e grita, o Processo.
- Já estou fazendo. O senhor será levado para uma de nossas mais seguras masmorras. Lá o senhor viverá para sempre como um consultor para nossas dúvidas. Nada mais que isso. Não dará uma ordem a mais, só obedecerá.
- Vocês ainda vão se arrepender disso o que estão fazendo. - Expressa sua indignação, o Processo.
- Veja! Nesse período de organização do plano, meus conselheiros fizeram o trabalho deles num tempo bem menor do que fariam se fossem seguir suas ordens. Foi super simples essa alteração. Em pouco tempo eles a terminaram. Tudo porque o senhor os obrigava a escrever zilhões de documentos que nem eles, nem eu, nem o deus, nem ninguém vai ler.

Nesse momento, correntes enormes e super-resistentes são presas às mãos e pés do Gigante, o qual sem forças não resiste à prisão.

- Agora Sir Processo, o senhor vai ficar preso e somente obedecerá nossas ordens, servirá também como consultor do que devemos fazer para melhorar nossos resultados e assim agradar ao deus; entretanto não mais que isso: ficará preso dando-nos instruções do que precisa ser feito, mas nós é quem vamos discernir se o que o senhor nos propõe é bom ou não.
- Vocês não perdem por esperar! - Suspira o Guerreiro.
- O QUE?! - Se zanga o Rei. – Levem-no logo daqui. Não quero vê-lo mais por um bom tempo. E lembrem-se de remover suas armas.

Então o Processo ficou calado e não respondeu mais nada ao Rei. Até que, acorrentado, foi levado para a masmorra.

No dia seguinte, o Rei e seus conselheiros marcaram uma reunião extraordinária com o deus, para mostrar os resultados obtidos pelo grupo.

- Vocês fizeram um bom trabalho, pessoal. – Sobe à cabeça de todos os elogios do deus. – Mas onde está aquele grandalhão da última reunião?
- Não está mais entre nós. – Responde o Rei.
- Morreu?!
- Não! Ele está, mas não está entre nós.
- Como assim?!
- Bem... Eu acho que isso é irrelevante para o senhor, não é mesmo?
- É! Nevermind! Bem, até a próxima reunião daqui a 15 dias.

O deus desapareceu como de costume, e todos se foram. E todos viveram felizes para sempre. Aliás, nem todos, pois logo após todos deixarem a sala de reuniões Real, o Rei percebeu que caiu um punhado dos seus dreadlocks (cabelo rastafari) e pergunta a si mesmo:

- O que significa isso? O que houve de errado?!

The End!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Capítulo V - Ah, se meu Código falasse!

Capítulo V

- Vamos ver o que temos aqui!!! – Agitadamente o oitavo tenta abrir o papel deixado pelo Rei. – Será que o Rei também está incomodado com o Processo? Vamos ver... Vamos ver...

E logo veio o alívio:

- Eu sabia! Ele está do nosso lado! Como?! Reunião? Isso! Isso mesmo! Temos que marcar essa reunião o quanto antes.

No dia seguinte, estando os conselheiros reunidos com o Guerreiro para mais uma sessão (segundo eles) de "blá, blá, blá", eis que lhes aparece o Rei e deixa o seu veneno no recinto:

- Já? – Ironiza mais uma vez o Rei.
- Não! – Aborrecido, responde o Gigante. – Esses seus conselheiros são muito lentos!
- Que desaforo! – O sétimo fica indignado. – Nós já teríamos resolvido o problema, que, diga-se de passagem, é super simples, se não fosse você com seus documentos, reuniões e relatórios sem futuro!
- Eeeeeiiiiiiiiitttaaaaaaaaaaaaaa!!! Senti uma agressão aí! – O Rei faz questão de instigar a discórdia entre eles.
- O problema é simples! – Completa o décimo – Fazer o Rei voltar a ouvir pelos ouvidos, removendo os ouvidos do nariz, e colocar um cabelo rastafari nele. Só isso!
- Ignorantes! – Grita o Guerreiro ao mesmo tempo que bota a mão na espada. – Vocês vão ter muito mais qualidade a partir de agora, vão fazer a coisa certa dentro dos prazos, vão ter subsídios para se proteger de qualquer ameaça vinda do deus, ou de quem quer que seja, vão poder...

Estava ainda falando, quando o primeiro se atreveu a mencionar a palavra Prazo:

- Olha só, seu Guerreiro de décima categoria, você promete, promete, mas não cumpre nada. Por exemplo: você fala de prazo, mas o deadline pra essa alteração está chegando. Desde que você chegou e nos botou para trabalhar feito escravos, nós temos trabalhado mais de 15 horas por dia, sem direito a descanso, e o que temos de concreto? Nada! Só bulshit!

O Guerreiro ficou tão vermelho como nunca se tinha visto antes. Ninguém sabia se o vermelho era de raiva ou de vergonha, ou algum outro treco que tenha dado nele. E para completar o dia do Gigante, o Rei solta mais um pouco de veneno:

- O décimo tá certo, sir Guerreiro. Quem está atrasando o pessoal é você.

Foi a gota d’água. A espada toca a ponta do nariz (ou melhor, do ouvido) do Rei, ao mesmo tempo em que se ouve a reclamação:

- Saia daqui, pois Vossa Alteza não está ajudando! – E voltando-se para os outros continua: - Precisamos terminar isso ASAP.
- ASAP?! – Interrompe o primeiro. – Ainda bem! UFA!!!
- Por que o alívio? Posso saber?
- Porque ASAP quer dizer: As Soon As Possible, ou seja, o mais breve possível.
- E?
- E que não é POSSÍVEL seguirmos nesse regime Talibã que estamos.
- Sei que não é o meu papel, mas diante da incompetência dos presentes nesta sala, quem determina o que é possível e o que não é sou eu! – Fala o Gigante.
- Bem, está dado o recado, sir Processo! – O Rei finaliza seu discusso: – O senhor providencie que meus conselheiros não atrasem a implementação pedida pelo deus, pois ele não ficará satisfeito com o menor atraso. E digo mais, se ele não ficar satisfeito, e nós apontarmos você como culpado, ele não vai exitar em dizer "bota outro no lugar.

E deixou a sala.

Na verdade o rei sabia que o deus não estava nem aí para o processo, mas tinha que deixar o Gigante um pouco trêmulo nas bases.

Foi a primeira vez que o Processo se sentiu encurralado pelo prazo.

Todos da sala voltaram, então, para o "blá, blá, blá" anterior.

Ao final do dia, o oitavo soltou o bilhete no colo do nono antes de sair da sala. E essa cena se repetiu por 8 dias, até que todos os outros conselheiros tivessem conhecimento do bilhete do Rei.

No nono dia, a conversa ainda era a mesma:

- Não devemos ter detalhes de interface neste documento, só no outro que o quinto tá fazendo. – O nono critica o trabalho do terceiro. – Veja que aqui você fala em “visual”.

O terceiro puxa bem fundo o ar e calmamente fala:

- E se eu trocar a palavra por “será mostrado”?
- Ahhh! Aí fica melhor.
- Caro nono! Por acaso, “será mostrado” e “visual” não dizem respeito à mesma coisa? Por acaso, nessa sentença, as duas expressões não se enquadram perfeitamente e com o mesmo sentido?
- Sim! – Respondeu ele.
- Para você, a expressão “será mostrado” não é detalhe de interface?
- Não!
- Então, você concorda que, por dedução lógica, as duas expressões não dizem respeito a nenhum detalhe visual?
- Huummm!!! Mais ou menos!!!
- Affffff!!! Deixa pra lá! Me dá aqui que eu modifico. Vai viver de "picuínha” e de preciosismo assim na China! Que povo mais purista! Keep It Simple, Son!
- O QUÊ?!

- Esquece!

E pensou consigo:


- Às vezes o processo tem um pouquinho de razão quando fala da incompetência desse grupo! Mas por outro lado é ele mesmo quem estimula a burrice! E o tempo passando...


Ao final daquele dia, o bilhete caiu do bolso do primeiro conselheiro (que fora o último dos dez a saber da reunião que o Rei queria marcar). O Processo, ao ver o bilhete no chão, permaneceu calado e esperou até que todos se retirassem da sala, para só assim matar a sua curiosidade. Mas, a curiosidade, que matou o gato, quase mata o Processo do coração quando ele viu que o bilhete dizia assim:

Carríssimos Conselheiros,

O Gigante Guerreiro Processo que vocês criaram não passa de um arrogante que não sabe obedecer às minhas ordens.

Desde o início, foi dito que ‘o guerreiro foi feito para o Rei, e não o Rei que foi feito para o guerreiro’. Isso mesmo! No início não era assim, mas ele se rebelou contra mim e também contra vocês. Vocês não tiveram pulso para domá-lo, e confesso que eu também não.

Quero marcar uma reunião com todos vocês amanhã na cozinha, para pensarmos em algo que possa impedir esse gigante de nos escravizar por todos os nossos dias restantes, pois esta situação não pode continuar como está. NÃO PODE!

Pensem em algo e já venham para a reunião com boas idéias, a fim de colocarmos um basta nesse Processo mimado!

Amanhã! Depois do "blá, blá, blá", vão para a cozinha e não para seus aposentos.

Atenciosamente,
O Rei!

O Processo se enche de cólera e diz consigo mesmo:

- Povo ingrato! Querem se livrar de mim! Querem me enganar, não é? Querem me surpreender, não é? Pois bem, vamos ver se eles vão gostar da surpresa que eu vou fazer a eles, amanhã depois do "blá, blá, blá"! Ops! Digo... depois do trabalho!

To be continued...

sábado, 23 de agosto de 2008

Capítulo IV - Ah, se meu Código falasse!

Capítulo IV

- Afffff!!! – Exclama o terceiro – Que coisa mais chata ter que documentar a vida do Rei desde o início.
- Só saem daqui quando terminarem isso – Se impõe o Guerreiro com a moral que conquistara do Rei.
- Falta pouco, terceiro – Respondeu o quarto.
- Assim espero – Suspira novamente o terceiro.

Depois de muitos suspiros de cansaço dos conselheiros, chega o comunicado de assembléia geral com o deus, e com ar de novos requisitos.

- Pára tudo! – Exclama terceiro – Podemos terminar isso mais tarde. Temos que ir para a reunião com o deus.
- Discordo, sir terceiro. – Responde o Gigante – Precisamos terminar isso antes da reunião.
- Não podemos deixar o deus esperando. – Fala o primeiro.
- Repito... Só saem daqui quando terminarem de documentar a vida do Rei.
- Você não entende, Processo, o deus não gosta de esperar. – Se pronuncia o quinto.

E puxando a espada, o Guerreiro dita as regras:

- Vocês é quem não estão me entendendo.

E apontando a espada para cada um dos conselheiros, continua:

- Vamos terminar isso agora de uma vez por todas, entenderam?
- Sim. – Com medo, responderam todos.
- Para quem foi criado para servir, você está me saindo um gentleman, caro Guerreiro. – Ironiza o décimo.
- Graças a vocês, caro décimo. – Responde na mesma moeda o Gigante – Agora sentem esses traseiros nerds nessas cadeiras e vamos terminar essa documentação.

E passaram mais umas poucas horas diante do Gigante contando como o Rei tinha atinjido o estado atual. Ao terminarem, correram para a assembléia geral, quase atropelando uns aos outros.

Ao chegarem lá, não viram o deus, mas em seu lugar somente um bilhete que dizia:

Esperei demais. Quem vocês pensam que são para me deixarem esperando por vocês e me fazerem gastar meu precioso tempo? Por acaso não tenho o que fazer? Nos reuniremos amanhã no mesmo horário e, para a saúde de vocês, não me deixem esperando.

Todos os conselheiros partiram para cima do Guerreiro para tomar satisfações do seu ato rude na outra sala, mas bastou um olhar de ameaça e uma espada desambanhada para torná-los como uma ninhada de gatinhos recém nascidos.

No dia seguinte todos se reuniram na sala. Estavam lá o Rei, os conselheiros, o Guerreiro, e o deus. O deus achou estranho a presença do Guerreiro, mas se mostrou indiferente ao mesmo. Na discussão os conselheiros mostraram a implementação do requisito que o deus tinha pedido anteriormente. Esse, por sua vez, ressaltou a falha deixada pelos conselheiros no que diz respeito a remover a audição dos ouvidos.

- Eu não pedi isso. – Disse o deus.
- É. É. É. Nós entendemos errado então. – Tenta defender o time o terceiro.
- Mas entenderam errado desde o início, então, pois desde o início eu pedi que o Rei ouvisse pelos ouvidos. – Retruca o deus – Só pedi esse novo requisito para ter um diferencial com relação aos outros tipos de Reis que vemos por aí, mas... enfim... corrijam o erro...
- YESSSSSSS!!! – Vibra o Rei. Mas logo se recompõe.

O deus continua sua fala:

- E coloquem um cabelo rastafari no Rei.
- O QUE?! – Se espanta o Rei.
- Isso mesmo, vai ser um diferencial bastante forte. – Complementa o deus.

A reunião se encerra e todos voltam para a sala real decepcionados com os comentários do deus, mas decidem começar a nova modificação pedida.

- Alteza, o senhor pode ficar em pé aqui? – Pede o oitavo.
- Fazer o que, né? – Fala o Rei.

Enquanto todos arregassavam as mangas para começar a alteração, o Gigante Guerreiro intervém:

- O que pensam o que vão fazer, os senhores?
- O novo requisito e a correção do anterior. – Responde o décimo.
- Nã-nã-ni-nã-não. – Fala o Guerreiro com um sorriso sarcástico.
- Como não? – Sem entender, fala o Rei.
- Vamos criar evidências objetivas, documentar, organizar, estimar, dividir pra conquistar, modelar, revisar, para só então começar a implementar. – Fala com todo o orgulho o Gigante Guerreiro Processo.
- Eu me recuso!!! – Exclama o sexto, mas imediatamente é ameaçado pela espada do Guerreiro.
- Quem ousa se recusar às ordens do Processo? – Questiona o Gigante.

Ninguém ousou nem responder. Nem mesmo o Rei.
E começaram as atividades coordenadas pelo Processo, enquanto o Rei foi dormir um pouco.
Lá por volta das tantas, ouve-se a seguinte conversa:

- Terminei o documento de requisitos. – Fala o terceiro já de saco cheio.
- Vamos revisá-lo. – Fala o Processo.
- Xiiii. – Lamenta o segundo. – Tá com cara de casos de uso.
- Casos de uso?! Impossível!!!
- É, sim! Tá cheio de tópicos enumerados.
- Mas calma, o que está escrito é requisito ou não?
- É, mas...
- Outra coisa... – Adiciona, o quarto, sua crítica – tem muito SE aqui. Num tem como tirar esses SEs, não?

Neste momento aparece o Rei com o olho ainda sujo e a cara amassada de sono, perguntando:

- Já?
- Não, Alteza! Pode voltar para a cama. – Fala o quinto.
- Vou dar uma volta pelos campos. – Responde.

Sem saber o que fazer, o terceiro pede ajuda:

- Meu amigo, por favor, é uma limitação minha, ajude-me a re-escrever essas sentenças sem o SE.
- Fácil! – Fala o nono bem empolgado – É só trocar o SE por NO CASO DE. É mais elegante.
- Ai, ai, ai!!! – Quase chora o terceiro.

O saco do terceiro já estava tocando o lago que circundava o castelo real, de tão grande que ele estava.
O rei volta do seu passeio e pergunta na sala:

- Já?
- Não!!! – Fala o quinto.
- Vou jantar então.

Depois do jantar, o Rei volta novamente e vê que o assunto ainda é o mesmo. Já aborrecido pergunta ao Processo:

- JÁ?!
- Não!!!
- E agora?
- Agora o quê?
- E agora já terminou?
- Acabei de dizer que não! – O Guerreiro já estava colocando a mão na espada.
- Certo! E agora?
- Ainda não!
- E agora?
- Não!!!
- E agora?
- Não me amole, seu Reizinho de meia tijela! – Responde o processo com gritos.
- Não me amole, você, seu Processozinho de décima categoria! – Encarando o Gigante, o Rei responde à altura. – Eu sou o Rei, e você é um novato por aqui. Você não interessa ao deus, mas eu sim. Eu estou aqui de molho o dia todo, enquanto vocês ficam aqui trancados escrevendo baboseiras que ninguém vai ler depois.
- Não se meta no meu trabalho.
- Você foi construído para me servir, seu Processo arrogante.
- Mas já abstrai isso, uma vez que vi a incompetência de vocês. Agora vocês reclamam, mas no futuro me agradecerão.
- Essa é a sua vaga promessa.
- Não me amole e deixe-me trabalhar.

E antes de ir embora, o Rei se aproxima do oitavo e solta um pequeno papel no seu colo. Ele imediatamente o esconde sem deixar que o Guerreiro o visse, e só abriu o bilhete quando estava em seus aposentos.

To be continued...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Capítulo III - Ah, se meu Código falasse!

Capítulo III

Semanas depois...

O sétimo conselheiro suspira com muito cansaço:

- Companheiros, eu acho que o PROCESSO está pronto! Quem se habilita a ligá-lo?

O Processo tinha uns 2,5m de altura e 1,5m de ombro, era um Cavaleiro Guerreiro bastante forte, capaz de atender a dez pessoas ao mesmo tempo, pela sua força e inteligência.

- Eu! - Disse o próprio sétimo, antes que alguém ensaiasse um movimento de levantar o braço.

E apertou o botão.

Nesse momento, o processo ficou de pé e começou a gastar seu latim com os conselheiros:

- Quem são vocês?

O silêncio tomou conta do local, e o medo de terem construído um monstro também. O sétimo por estar mais perto se achou no direito de responder:

- Nós somos os dez conselheiros do Rei Código, e você é o Processo.
- Nós servimos ao Rei Código, que serve ao deus Usuário.
- Complementou o terceiro.
- O que querem de mim? - Perguntou o Processo, exprimindo bastante curiosidade.
- Nós o construímos para que você sirva a todos nós e principalmente ao Rei. - Retrucou o quinto imediatamente.
- Será um prazer servi-los, bem como servir ao Rei. E falando em Rei, será que eu poderia conhecê-lo?
- Com certeza!
- Responde o sétimo.

Nesse momento todos já demonstravam um claro ar de tranquilidade e satisfação. E enquanto dirigiam-se para a sala de reuniões real, iam conversando com o Gigante Cavaleiro. Chamaram então o rei. Esse ao entrar na sala se espantou ao ver o Cavaleiro Guerreiro e perguntou:

- Quem é esse... Digamos, monstro?
- Mais respeito, alteza!
- Respondeu o Gigante com toda polidez. - Meu nome é Processo, e eu sou seu mais novo servo. Seus servos me construíram para que eu os pudesse fiscalizá-los... Ops! Digo, servi-los para que evitem cometer mais erros ao consertarem Vossa Excelência.

Imediatamente o sétimo cochicha com o terceiro:

- Ele falou fiscalizar?
- Sim, mas se corrigiu. Deve ter faltado algum treinamento daquela rede neural que o oitavo colocou nele.
- Ahhh tá. Tá certo.
- Se convenceu o sétimo. - Além do mais fiscalizar e servir é praticamente a mesma coisa, né? - Na verdade se convenceu até demais.
- Hummm! Digamos que... É... É quase a mesma coisa. Mas faça silêncio e preste atenção na conversa.

O Rei se aproxima do Guerreiro, dá uma volta ao redor dele, dá uma geral nele, e voltando-se para os conselheiros perguntou:

- De quem foi a idéia de construir esse tal de Processo?
- Do sétimo, Alteza!
- Respondeu o Processo.
- Como você sabe que a idéia foi minha? - Espantado, o sétimo pergunta.
- Você mesmo me falou no caminho para essa sala. - Retruca o Processo com a educação de um lord.
- Silêncio! - Reclama o Rei. - Sir Processo, faça um minuto de silêncio, por favor, pois a pergunta foi dirigida aos meus conselheiros.
- Sim, Majestade! - Cala-se o Processo.
- Quem me garante - com um ar duvidoso, pergunta o Rei - que esse Cavaleiro vai funcionar corretamente, uma vez que foram vocês mesmos quem o fizeram?
- Nós garantimos, Alteza!
- Se aventura o primeiro. - Nós passamos muito tempo estudando o estado da arte para chegarmos a esse resultado.
- Vocês testaram o comportamento dessa coisa?
- Sim!
- Erguendo a mão, responde o segundo.
- Posso saber como?
- Achamos conveniente escrever Atas de Reunião a partir de agora, de modo que possamos recorrer a elas quando tivermos alguma dúvida do que foi definido no passado.
- Com firmeza, retruca o quarto.
- E onde entra o teste nessa história?
- Nós ensinamos isso para o Processo e ele mesmo escolheu a mim, para anotar tudo o que foi discutido aqui, provendo-me papel e lápis.
- Responde o redator: o quinto.
- E após o final dessa reunião, nós daremos essa Ata ao Processo que a guardará adequadamente para futuras consultas. - Complementa o sexto.
- Então, seu sétimo, posso saber o motivo pelo qual o senhor teve a idéia de construir esse Gigante para servi-los?
- Como já falei, Alteza, seus servos me construíram para que eu pudesse servi-los, a fim de que não cometam mais erros ao consertarem Vossa Excelência.
- Responde o Processo.
- Eu não pedi para o senhor ficar calado, Sir Processo? - Aborrecido com a desobediência, pergunta o Rei.
- Sim, Alteza. Mas preciso lembrá-lo de que o senhor me pediu um minuto de silêncio, e um minuto acabou no momento em que Vossa Excelência falou a palavra "idéia" na pergunta ao sétimo.

Não só o Rei, mas todos os conselheiros ficaram surpreendidos com tamanha precisão e atenção aos procedimentos e ordens. Então o Rei deu o braço a torcer e disse:

- Bem, vejo que dessa vez esses trapalhões fizeram alguma coisa que prestasse. Pois bem, Cavaleiro, qual será sua primeira atividade?
- Alteza, pretendo com a ajuda dos seus conselheiros armazenar toda a história de Vossa Excelência, desde o início até agora, em documentos que poderão ser consultados a qualquer momento por qualquer pessoa autorizada.

O quinto se vira para o terceiro e cochicha:

- Você especificou certo? Ele não chamou a gente de "mestres", mas de "conselheiros do Rei".
- E não somos conselheiros do Rei?
- Pergunta o terceiro, defendendo-se de uma possível culpa.
- Sim, mas também somos mestres do Processo. Ele deveria nos tratar como tais.

O Rei percebe o cochicho, mas não se mete. E acrescenta:

- Pois bem, o que vocês estão esperando para contarem sobre minha vida para ele? Essa é a hora de fofocar. Go ahead!!!
- Quinto, passe-me a Ata de Reunião.
- Mostrando trabalho, o Gigante se pronuncia.

Quando todos saíram, o Rei pensou consigo mesmo:

- Tem alguma coisa estranha nessa história.

E os conselheiros passaram mais outras tantas semanas contando a história do Rei para o Guerreiro, que não parava de gerar documentos e mais documentos a respeito do que os conselheiros conseguiam lembrar.

To be continued...

sábado, 14 de junho de 2008

Capítulo II - Ah, se meu Código falasse!

Capítulo II

- Onde estou? - Aos poucos, o rei vai abrindo os olhos.
- Ele está acordando.
- Quem sou eu?
- Será que ele está conseguindo nos ouvir?
- Onde estou?
- Pior... Será que essa alteração não teve nenhum efeito colateral? Será que ele nos vê?
- Vamos testá-lo.

E, compassadamente, um dos conselheiros se dirige ao rei mostrando-lhe três dedos:

- VOS-SA MA-JES-TA-DE, QUAN-TOS DE-DOS O SE-NHOR VÊ A-QUI?
- Três! - Respondeu o rei ainda sonolento.
- O primeiro caso de teste (a visão) passou, vamos testar a audição (o segundo caso de teste).
- Deixe de ser burro, se ele respondeu é porque ele ouviu, né?
- Ahhh, é mesmo.

Nesse momento, o rei vai retomando a consciência e vai reconhecendo os seus conselheiros.

- O que houve? O que aconteceu comigo?
- Alteza... lembra que o deus... é... aquele negócio do nariz... é... nariz e ouvido...
- Fala logo, rapaz! - Temeroso do resultado o rei já demonstrava impaciência - Solta o verbo, abre a pia, speak, vaza a informação!
- É melhor que o senhor mesmo veja, majestade!

E, trazendo um espelho para o rei, um dos conselheiros diz:

- É bom que vossa alteza saiba que nós não concordamos com o que fizemos, mas só fizemos o que o deus pediu. - Defende-se em nome de todos os outros.
- Mostre-me logo! Vire esse espelho para mim!

Ao tempo em que o rei se viu no espelho, logo foi possível ouvir sua indignação.

- Minhas ORELHAS! Onde estão minhas orelhas?! Vieram parar no nariz?! Estão na porta de entrada das narinas?! Que coisa horrível vocês fizeram comigo!
- Se nós tivessemos mais tempo, com certeza teríamos feito coisa melhor, senhor! - Continua se defendendo o conselheiro.
- Cale-se! - Grita o rei indignado. - Eu não entendo como o deus pode achar essa visão agradável. Definitivamente eu não entendo. Isso o que vocês fizeram é o que se pode chamar de GATO.

Todos os conselheiros se encontravam cabisbaixos, enquanto o rei continuava sua lamentação.

- Isso é um GATO DO MATO, daqueles bem safados, podres, maliciosos, de quinta categoria, aliás, de décima categoria. Não entendo! Não entendo! Não entendo como o deus quer que eu execute as tarefas de governar o reino dessa forma.
- Na verdade, senhor, acreditamos que o deus não vai nem olhar isso direito. - Mais uma tentativa frustada de redimir-se.
- Saiam todos daqui, seus trapalhões! Preciso ficar só.

Os conselheiros imediatamente se retiraram do local e foram se reunir com o deus. Enquanto caminhavam para a sala de reunião, comentavam entre si:

- Dá vontade de dizer umas poucas e boas para o deus. - Comenta o primeiro.
- Nunca vi alguém ouvir pelo nariz. - Agora o segundo.
- Mas ele disse que isso era requisito mandatório. - Explica o terceiro.
- Isso é o que me deixa mais indignado! - Exclama o quarto.
- Você tem certeza de que foi isso mesmo o que ele pediu? - Indaga o quinto.
- Sim! - Retruca o terceiro - Ele pediu que o rei também ouvisse pelo nariz!
- É... Tá certo! - Suspira o sexto.
- Certo nada! - Reclama o sétimo - Ele pediu que TAMBÉM ouvisse pelo nariz, mas não pediu que removêssemos as orelhas do local original.
- Caramba, alguém deve ter usado um modelo antigo do design do rei, e com isso as orelhas se foram. - Lamenta o oitavo.
- Quem será que foi? - Questiona o nono.
- Descobrir isso agora é impraticável. - Responde o décimo. - É praticamente impossível. Todo mundo meteu a mão na cabeça do rei, em alguma hora cada um pode ter tirado um pedacinho, e, de pedacinho em pedacinho, foram-se as orelhas do rei para o nariz.
- Será que o deus vai notar? - Questiona o primeiro com bastante preocupação.
- Acredito que sim, pois é requisito. - Reponde o terceiro.
- Isso não é a primeira vez que acontece, pessoal. - Lamenta o oitavo - Acho que o rei tem razão quando nos chamou de trapalhões. Ele mesmo nos lembrou que da última vez quase tiramos uma de suas pernas.
- Já sei! - Se alegra o sétimo - Vamos criar alguém que possa nos auxiliar nas próximas mudanças. Alguém que nos observe e ajude-nos a evitar erros infantis, como esses que temos praticado.
- Ótima idéia! - Concorda o quarto - Mas como se chamaria?

O silêncio tomou conta de todos. Porém, alguns segundos depois, em forma de coral, todos disseram:

- Que tal PROCESSO?!


To be continued...

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ah, se meu Código falasse!

Capítulo I

Era uma vez, num reino muito distante, um rei chamado ...

- Meu nome é Fonte! Código Fonte!

Hummm. Só Código já é o bastante. Ele se esforçava muito para agradar ao deus Usuário, mas, vez por outra, encontrava-se com um problema. Seus conselheiros, chamados Programadores, estavam sempre ajudando-o a corrigir esses problemas que apareciam, de forma que ele agradasse ao deus o mais rápido possível.

Certo dia, seus conselheiros se aproximaram do rei e disseram:

- O deus nos falou que o senhor precisa de reparos em todo o braço direito.
- Vocês acham mesmo? - Questionou o rei. E, olhando para o braço, disse: - Eu o sinto tão bem, tão forte, tão disposto.
- Mas o deus verificou que está faltando mais agilidade. O braço do rei precisa ser mais ágil. Mas não se preocupe, pois nós, seus conselheiros, o ajudaremos nisso.
- Vê lá o que vocês vão fazer, hein! Da última vez que vocês mexeram em mim, eu quase perdi uma perna.
- Não se preocupe! O rei pode ficar de pé aqui?

E começaram a mexer no braço do rei.

- Ai! Ui! Wow! Tá doendo. Cuidado aí!
- Pessoal, mais cuidado com o braço do rei! - Exclamou um dos conselheiros. - O que é isso que vocês estão fazendo? Nunca vi essa técnica de conserto!

O rei estava ficando preocupado com a novidade trazida por seus conselheiros.

- Não se preocupe, Alteza, isso é um novo Padrão de Conserto que aprendemos nos novos pergaminhos do mago GoF.
- E vocês sabem usá-lo mesmo?
- Sim! - Responderam em uníssono.
- Quantas vezes vocês já fizeram isso?
- Esta é a primeira vez, senhor rei. Mas não se preocupe, pois estudamos os pergaminhos cuidadosamente.
- Tudo bem! Go ahead! Mas... que tá doendo, tá.
- Pessoal, mais cautela com o braço do rei!

Dia após dia, os conselheiros trabalhavam na melhoria do braço do rei. O rei não tinha nem o direito de dormir, pois os conselheiros se revezavam dia e noite no conserto do braço real. Não tinha direito à comida, nem bebida!

Passada uma semana, um dos conselheiros trouxe um comunicado do deus para todos:

- Atenção, todos! O deus falou comigo esta noite e pediu para que o rei ouvisse também pelo nariz.
- O QUÊ?! - Exclamam em uníssono.
- Que invenção! - Exclama um.
- Que idiotisse! - Reclama outro!
- Esse deus que me desculpe, mas ele não pensa, não? Só pode ser retardado! - Mais outro reclama!
- Eu acho que ele é cego! - Mais outro opina indignado!
- Meu nariz, não! - Defende-se o rei! - Não! Não! Não! Não! Não! Não! Não! Mil vezes Não!
- Não faz sentido! - Concorda com o rei, um dos conselheiros! - Ele já tem os ouvidos para ouvir! Por que ouvir pelo nariz?
- Vossa Majestade e demais conselheiros, eu concordo plenamente com todos vocês, mas estamos aqui para ajudar o rei a agradar ao deus.

O silêncio tomou conta do lugar, como se todos se sentissem de pés e mãos atados para resolver esse impasse!

- Majestade! - Aproximou-se o conselheiro que trouxe a notícia. - Isso vai doer mais em mim do que no senhor...
-
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii !!!

To be continued...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Você é Viciado?

Outro dia, vi no telejornal local uma reportagem que falava de uma planta cujo aroma espantava o mosquito da dengue. É a chamada Citronela. A planta estava sendo experimentada numa cidade do Ceará (cujo nome não me lembro agora), sob a promessa de ser utilizada em todo o estado, se contribuir para a redução dos casos de dengue nesse lugar.

Pensei: “Que idéia fantástica!!! Repelir os mosquitos só cultivando essa planta”. Mas imediatamente me veio ao pensamento os motivos que levam o homem a tomar tal atitude. Talvez motivado pela regra dos “Cinco POR QUÊs”, que andei lendo recentemente, cheguei a uma causa raiz do problema da degue. Repito: UMA causa raiz.

E então me lembrei de outras reportagens que mostravam pessoas evitando a entrada dos agentes fiscalizadores da dengue em suas casas, argumentando não haver necessidade de uma vistoria, pois estava tudo ok por lá, quando na verdade não estava.

A causa raiz que cheguei foi “O Vício do Homem”. Essa Citronela é mais uma solução rápida, fácil e imediata que o homem aplica, para resolver os problemas que, por muitas vezes, ele mesmo gera. Os problemas de que falo são aqueles causados pelo próprio vício do homem. Nesta enorme lista de vícios mantida pelo homem, podemos citar alguns nomes, como: comida, dinheiro, sexo, comodismo, egoísmo, etc.

O homem cheio de vícios prefere manter-se na inércia da preguiça, ou seja, não mudar seus maus hábitos e buscar soluções imediatas. Imediatismo que ignora as conseqüências que essas ditas soluções nos trazem a longo prazo. Por quê? Vê só... Se o camarada não tem perspectiva de futuro (tudo o que virá será ruim), o passado dele é sempre uma “bosta” (sempre ferido), só resta o presente para que ele possa dizer “vamos comer e beber, porque amanhã morreremos”. E se amanhã vou morrer, por que eu deveria deixar meus vícios de lado, para levar uma vida mais feliz?

Já pensou como um vício afeta nossa relação com as pessoas em casa, no trabalho (não só com as pessoas, mas também o próprio trabalho fica mais improdutivo), no lazer, ...? Um homem sem vícios é um homem feliz. Basta perguntar a qualquer ex-drogado sobre isso.

Nesse caso da dengue, vejo o vício do comodismo e do egoísmo rodeando o homem de hoje, levando-o a dizer: “Isso não tem nada a ver comigo; o outro é quem tem que mudar; é culpa do governo que não faz nada”... e por aí vai muitas outras desculpas. O mosquito viaja então para outra área, outro estado, outra região. Por quê? Porque a planta não o mata, só repele. É mais fácil cultivar uma plantinha do que me levantar e ir procurar pneus, garrafas, baldes, calhas entupidas, que têm água parada.

Do jeito que o homem é cheio de vícios, eu não duvido nada de que amanhã ele vai ter preguiça de cuidar da planta e vai procurar outra solução para que a planta não morra. E assim o problema vai sempre se tornando outro problema, e depois outro, e mais outro, mas nunca é resolvido. Lógico, o tempo não pára, e o homem só tem o agora para fazer o que quer fazer (ele não tem o amanhã, lembra?).

Bem, parei diante de mim e comecei a enxergar mais alguns vícios meus. Não sou hipócrita de dizer que eu não tenho vícios. Vícios que aprendi com a sociedade, e vícios que ela aprendeu comigo. Mas o que me diferencia de outras pessoas é que eu quero ficar livre desses vícios, eu quero mudar, não quero ser o mesmo, principalmente porque sei que tenho um futuro que me espera, um futuro que só vai ser uma “bosta” se eu não eliminar meus vícios hoje, no presente. Aos poucos estou conseguindo.

Vejam só... Aqui foi dado um exemplo do nosso vício. Tenho certeza que temos muito mais. E você? Viu algum vício em você? Você é Viciado? Eu garanto que tem, basta procurar. :) Mas não nos desesperemos! Temos a quem recorrer! Recorramos a quem tem a força necessária para nos libertar. Fica então pra mim e pra você uma breve oração que, feita sempre de coração, vai nos ajudar a ultrapassar nossas barreiras: “Pai, lança-me, cada dia, na aventura do Espírito Santo, que me tira do comodismo e do abatimento e me faz superar meus próprios limites”. Essa é a inércia do Espírito Santo.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Sede Santos, como vosso Pai celeste é Santo!

Amigos,

Depois de uma postagem técnica (na área em que atuo), aqui temos uma postagem que é mais para o público religioso. Logo, antes de tudo gostaria de dizer que o que vou contar não tem por objetivo me vangloriar nem muito menos me desvalorizar, mas mostrar que Deus em sua misericórdia tem muita paciência com cada um de nós e nos dá a cada dia oportunidades de sermos imitadores Dele. Como? "Segue o link..."

Semana passada enquanto me dirigia para o local onde almoço quase todos os dias, percebi um homem sentado na calçada (sempre o vejo por lá), e pensei comigo mesmo: nunca dei nada para ele, já ajudei a senhora que fica com os dois filhos nessa calçada (às vezes até com o menino mamando no seu seio), já ajudei Dona Josefa (aquela que sempre depois de uma ajuda que alguém dá, ela diz que se tivesse "cinco mi réi" ela voltaria para casa pra fazer a comida. SEMPRE diz isso), mas, quanto a esse homem, eu nunca ajudei de alguma forma. Foi quando pensei em trazer uma quentinha para ele almoçar na minha volta.

Depois de almoçar, comecei a preparar a quentinha dele. Fiquei um pouco preocupado com o valor, pois estava ficando pesado o alumínio. Foi quando falei com Deus: "Meu Deus, em qual medida devo ajudar os pobres, como devo ajudar quem precisa? Pois se ajudar sempre e muito, ficarei sem nada". Sei que, para mim, não é isso o que Deus quer. Não fui chamado a ter uma vida assim, mas a não me apegar a nada. Resumindo: fiquei calculando a caridade. Mas voltando... Falava com Deus enquanto colocava o prato. E nem terminei de fazer isso e me veio à mente a imagem de Dona Josefa. E pensei: "Será que ela vai estar lá? Mas eu prometi a mim mesmo levar essa quentinha para o homem".

Pois bem, peguei a quentinha e voltei no caminho do meu trabalho. Olho de longe, e não vejo o homem na calçada, mas vejo Dona Josefa a poucos metros de mim. "O que faço? Já sei, vou caminhar mais e ver se o homem está lá, e não vou poder ajudar Dona Josefa", pensei comigo mesmo. Ao me aproximar da calçada vi que, realmente, o homem não estava lá, mas a mulher com os dois filhos pequenos. "Caramba! E agora?". Comparei as duas e cheguei à conclusão de que entregaria o almoço para Dona Josefa, primeiro por ser sozinha e segundo por eu ter visto sua imagem naquela minha breve oração. Voltei e entreguei para ela a quentinha.

Poucos metros à frente me encontro com um colega que trabalha na mesma empresa que eu. Conversamos um pouco sobre viagens por cerca de 15 minutos. Só que nesse intervalo, Dona Josefa já havia passado por nós com o saco que levava a quentinha no braço. Chego mais na frente e me encontro com a mulher e seus dois filhos, sentados na calçada. Ela me pediu uma ajuda e eu disse que não tinha. Mais na frente encontro Dona Josefa, na sua busca contínua pela esmola, porém sem o saco da quentinha no braço. Pensei que ela poderia ter algum lugar para colocar as coisas que recebia por aquela região, e fiquei curioso para saber quem era que a ajudava.

Me aproximei dela e, sorrindo, perguntei: "Dona Josefa, onde a senhora colocou a quentinha? Já comeu?" Ela olhou pra mim e disse: "Meu filho, eu vi aquela mulher com os dois meninos no colo e pensei 'Ela precisa mais do que eu', e então dei a quentinha para ela".

Rapaz, eu parei e pensei: "PUUUUUUUUUUTTTTTTTZZZZZZZZZZ!!!" Essa atitude dela me lembrou a duas passagens do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo: Mc 12, 42 - 44 (a viúva que coloca duas moedas, mas tudo o que tinha, como oferenda no templo) e Mt 5, 48 (sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito); pois Dona Josefa deu tudo o que tinha (além de ser viúva), e foi imitadora do Pai, pelo mesmo motivo, pois se deu por inteira. Deus se dá por inteiro a nós e é assim que ele quer que nós façamos com nossos irmãos, principalmente com os mais necessitados. Entendi que Deus não quer meu dinheiro, mas que meu irmão do lado não pereça (Mt 18, 14: que não se perca nenhum desses pequeninos). Essa é a medida da qual eu perguntava anteriormente a Deus. Essa é a medida: POR INTEIRO, QUE NÃO HAJA ENTRE VÓS NECESSITADOS (At 4, 34)! Graças a Deus. Obrigado Senhor pela lição.

Então, abri a carteira e dei a Dona Josefa o único real que tinha, foi quando ela automaticamente disse: "Meu filho... Você não sabe... Se eu... Olhe... Se eu..."; intervi dizendo: "tivesse 'cinco mi réi'..."; ela completou: "e eu num ia-me embora pra casa?!" E numa risada gostosa terminamos a conversa. :)

Espero que tenha ficado pra vocês a parte boa dessa história, assim como ficou para mim.

Fiquem com Deus e Nossa Senhora!!!

[]'s
Emerson de Lira Espínola

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

1 ano de Blog!


Galera,

Hoje meu blog completa um ano de vida. Novo, né? Mas vivo! Demoro a postar, mas quando posto, é porque eu sinto que é chegado o momento de uma nova postagem. Não escrevo por escrever. SEMPRE que escrevo tem um sentido no que escrevo. Mesmo que você não entenda nada! :)

Mas mesmo com poucas postagens (por N motivos: um deles é o mestrado), fico alegre por saber que você está lendo o que escrevo. Isso pra mim já é muito bom. Mesmo vendo que minhas postagens quase não são comentadas, pois o pessoal prefere comentar diretamente comigo, é bom saber que sempre alguém lê o que escrevo.

Meus assuntos preferidos são: Tecnologia, Trabalho e Fé! E na medida do possível tento alinhar (equilibar, tornar um) esses assuntos. E até que eu me apaixone por mais outra coisa, acho que vou manter a linha. :)

Parabéns para http://emersonespinola.blogspot.com. Parabéns para você também, porque se você não lêsse o blog, ele não ia nem largar a mamadeira; imagine, então, chegar a 1 ano de vida!

Parabéns!!!















[]'s
Emerson de Lira Espínola

PS: O blogspot colocou a data de postagem o dia 14 de Fevereiro, mas eu já comecei a escrever no dia 15 de Fevereiro. Logo, o atraso é culpa do site. :)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

É um Classic! É um Classic!

Amigos e Amigas!

É com grande prazer que eu anuncio a chegada (diga-se de passagem: muito esperada) do meu primeiro carrinho: um Corsa Classic 1.0 Preto.

Adeus ao ônibus: Bancários, Mangabeira, etc de João Pessoa; bem como San Martin, Totó, etc de Recife. Adeus ao Sol torrante no meu "quengo". Adeus à fumaça dos caminhões na cara. Adeus à espera de 30 min por um ônibus. Adeus ao bafo quente de dentro do metrô. Adeus ao suor com que eu chegava no trabalho. Graças a Deus isso chegou ao fim! Graças a Ele mesmo!

Agora é só no sapatinho e no arcondicionado do carro. :)

Segue uma foto que tirei momentos antes de deixar a concessionária onde comprei o carro:











Porém, uma fatalidade aconteceu. O primeiro dia do meu primeiro carro ficou marcado (literalmente) por um arranhão profundo na lateral traseira esquerda.

Tudo leva a crer que foi algum carro grande que passou por perto do meu. Como ele estava estacionado na esquina, o carro grande, pode não ter conseguido fazer a curva direito e daí "fez o favor" de tocar meu carro.

No mais, estou lutando para não reclamar, pois tenho que agradecer a Deus por tudo. Deus sabe tirar coisas boas das coisas ruins. Além do que se for murmurar disso o resto da minha vida, eu num faço nada. "Por tudo dai graças!" Deus me ajude a viver essa Palavra de Alegria!!!

Mas confesso que a alegria de ter um carro é maior que o arranhão. Principalmente porque esse arranhão poderia vir outro dia ou outro ano, ou whatever. Só iria ser postergado. O problema é que veio antes. :)

Graças a Deus que hoje eu tenho um carro. Melhor um carro arranhado do que nenhum, não é verdade?!

[]'s
Emerson de Lira Espínola

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Mantis Recommends

Olá, pessoal!

Essa postagem é pro pessoal mais técnico, da área de Ciência da Computação. Então peço desculpas àqueles que não são.

Estou aqui dessa vez para falar-lhes sobre minha ferramenta de Mestrado que funciona integrada com o Mantis e é chamada de Mantis Recommends.

Pra quem não conhece o Mantis, ele é uma ferramenta para gerenciamento de Bugs escrita em PHP: um bugtracker. Minha aplicação, por sua vez, é uma aplicação desktop, escrita em C++, que pode ser obtida gratuitamente no site do sourceforge: http://sourceforge.net/projects/mantisrecommend.

E o que é que ela faz? Mantis Recommends faz recomendação de bugs. Como? Baseado em TAGs que já são suportadas pela versão Mantis 1.1.x Released. Como funciona? Mantis Recommends acessa a base de dados do Mantis em busca de bugs similares aos bugs assinalados para o desenvolvedor que usa essa ferramenta. Achados os bugs similares, a aplicação chama a atenção do desenvolvedor para os bugs encontrados, bem como o aconselha a entrar em contato com os outros desenvolvedores que resolveram os outros bugs similares.

Para mais informações clique na brochure no final da postagem.

Bem, qual foi o motivo de postar isso aqui? Estou precisando de projetos que usem o Mantis como bugtracker, que já estejam usando a versão 1.1.x do mesmo, para ter mais estudo de caso para meu Mestrado. Logo, se você trabalha com o Mantis ou se conhece alguém que trabalhe, e que esteja disposto a colocar tags nos novos bugs (gerando resultados mais tardios pra mim e para ele) e nos antigos (gerando resultados mais rápidos para mim e para ele), por favor RECOMMEND essa ferramenta para essa pessoa ou então use-a.

Obrigado, desde já, pela a ajuda que você estará dando.

Mantis Recommends
The easiest way to improve your software development’s productivity

[]'s
Emerson de Lira Espínola



quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Por que ScottBright762?

Essa postagem é dedicada a todos aqueles que sempre quiseram perguntar o motivo do meu nick ser ScottBright762 e nunca perguntaram, e também a mim que tenho que explicar inúmeras vezes o motivo, e por conta disso achei melhor economizar meu tempo explicando as razões de uma vez só. :) Não que eu ache chato ou explique de mau gosto, mas é que cansa repetir essa história. Numa vez que eu conto, falta um pedaço; na outra vez, falta outro; ...

Bem, tudo começou num antigo trabalho meu. Lá o pessoal gostava de ouvir as "Aventuras do Homem-Cueca". E compartilhavam arquivos MP3 dessas histórias em suas máquinas. Eu achava muito leso tudo aquilo, até que um dia, vendo a "risadagem comendo no centro", pedi para escutar aquele MP3 que estava causando tantos risos.

Era a história do "Escoteiro", onde o filho do Homem-Cueca (Menino-Frauda) queria ser escoteiro, mas o pai não deixava de forma alguma e queria que o filho fosse todo errado. :) Acontece que eu ri tanto, mas tanto, que os colegas de trabalho começaram a me chamar de "Escoteiro".

Sabe como é brasileiro, né? Gosta de reduzir ao máximo as palavras que fala. Daí de "Escoteiro" passaram para "Scot", de "Scot" vieram as variações dos pilotos da Fórmula Indy: Scot Pruet, Scot Dickson, Scot isso, Scot aquilo. Até que um dos companheiros me chamou de "Scot Bright", nome de uma esponja de limpeza doméstica do mercado, cuja grafia correta é Scotch-Brite. Isso mesmo, uma esponja.

Até que um belo dia, precisei criar uma conta na AOL para falar (via chat) com uma mulher da Symantec (na época eu era fascinado por Vírus de Computador). Então pensei no nome do meu usuário para minha conta. Tentei Scout (que quer dizer Escoteiro em inglês), mas já tinha. Tentei Scot, mas já tinha também. Tentei Scott, e outra vez já tinha. Tentei ScottBright, mas já tinha também. Foi quando eu pensei no vírus que tinha feito e enviado para a McAfee para ela colocá-lo no seu Banco de Dados. Peguei os números do final do nome dele (a McAfee o batizou de AngerEra.762) e criei a conta ScottBright762. Desde então passei a usar esse nome como nick embora o nome do usuário seja diferente muitas vezes.

Bem, é isso aí. Espero ter matado sua curiosidade e se alguém te perguntar o por quê desse nick, você pede pra essa pessoa acessar http://emersonespinola.blogspot.com/. :)


[]'s
Emerson de Lira Espínola