domingo, 18 de abril de 2010

A gente quer dinheiro e felicidade!

Já cantava Titãs a música Comida no final da década de 80 mostrando, para mim, que não basta o dinheiro na vida, e que uma política de pão-e-circo não resolve os problemas do Brasil.

Enfim, mas o foco aqui é o seguinte: Dinheiro traz felicidade?

Hoje em dia vejo muitos amigos meus numa busca afobada, quase numa atitude de desespero, atrás de dinheiro, não importando o que eles façam para alcançar essa quantidade de dinheiro toda. Me sinto às vezes pressionado por eles a correr como eles, mas peço muito a Deus auto-domínio para não me deixar levar pelo dinheiro.

A imagem que me vem na cabeça para tentar reproduzir isso que estou dizendo é de uma uma tsunami (30, 50, 100 metros de altura) chamada Desemprego vindo em direção à cidade e vai devastar tudo, e todo mundo começa a correr para um local seguro chamado Dinheiro. Só que esse local é difícil de achar. Cada uma dessas pessoas tem um mapa da mina nas mãos. Umas copiaram o mapa de outras, outras inventaram um próprio mapa, e por aí vai. Só sei que é um desespero pra achar esse lugar seguro, onde nenhuma tsunami vai chegar, e por consequência não vai trazer infelicidade para ninguém. Eu não sou besta, leso ou retardado de ficar num local inseguro, sendo assim eu também procuro achar esse local, mas para mim ele não se chama Dinheiro. No meu caso esse local se chama Deus. Às vezes sinto como um arrastão de pessoas me levando para onde ninguém sabe onde é, mas eu procuro sair do meio deles e voltar para o local onde estava antes.

É mais ou menos assim o sentimento que tenho daqueles com quem tenho conversado recentemente. Com essa parábola acima quero dizer que existe problema em querer dinheiro? Será que quero dizer que existe problema em querer felicidade? Claro que não. O problema é a associação que existe entre esses dois elementos. Isso causa um inferno inconsciente na vida das pessoas: "Não tenho dinheiro, logo sou infeliz" ou "Tenho dinheiro, logo sou feliz, mas não posso perder esse dinheiro, pois ficarei infeliz". Repito: INSCONSCIENTE. Essa mensagem que une Dinheiro a Felicidade é ruim, pois os frutos são tristes. Ahhh, Emerson! Qual mensagem traz um fruto bom? Respondo: Desassociar esses dois elementos. "Eu quero dinheiro" e "Eu quero felicidade". Pronto. O querer felicidade vai te trazer felicidade, enquanto que o querer dinheiro vai te trazer dinheiro. Dessa forma achar a felicidade é bem mais fácil que o dinheiro.

Tá bom, tá bom. Quem vos fala é um Zé Ninguém. Então vou pegar James Hunter. Ele fala que "Felicidade traz Dinheiro" e não o contrário. Psicólogos falam nessa notícia "O sonho de encontrar a felicidade" que é verdade que em muitos casos a presença do elemento Dinheiro ajuda no elemento Felicidade, mas até agora não tem nada comprovado. Ao contrário tem muito exemplo que mostra que essa relação não é tão forte assim. Por exemplo: os países mais felizes do mundo não necessariamente são ricos.

Por fim digo a todos que estão lendo esse blog: Não busque nem segurança nem Felicidade no Dinheiro, mas em Deus. Mas peça a Ele que se o Dinheiro for contribuir na sua Felicidade, que o Dinheiro venha, mas nunca tome o lugar Dele que deve ser a fonte da Felicidade. Uma coisa é contribuir outra coisa é ser fonte.

Já dizia Jesus "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro", quando constata a impossibilidade de amar, de verdade e ao mesmo tempo, dois senhores.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Só quero saber do que pode dar certo!

Tá certo que letra da música "Go Back" de Titãs foi escrita em um contexto diferente, mas o refrão se encaixa perfeitamente no contexto em que muitas empresas de TIC vivem hoje em dia: "Não tenho tempo a perder, só quero saber do que pode dar certo". Mais uma vez o Tempo fazendo empresas e mais empresas reféns dele.

Sem querer entrar nos motivos que levam a isso agora, hoje os cronogramas estão cada vez mais apertados. Pelo menos os meus, e os dos meus colegas distribuídos mundo afora que estão sempre comentando comigo sobre o assunto.

Uma vez, num projeto antigo que trabalhei, ouvi a seguinte frase de um colega logo após eu ter terminado (em menos tempo que o previsto) a funcionalidade que me deram pra implementar: "Você sempre estará atrasado, pois o projeto está atrasado". Curto e grosso! É triste, mas é verdade. :) Vai me dizer que isso não é a realidade em muitos locais por aí?

A verdade é que tem muita gente que poderia ir pro trabalho logo de manhã cedo ouvindo esse refrão da música de Titãs, para poder chegar já no trabalho afiado para brigar contra o cronograma (que as vezes não foi nem ele quem fez). Pois essas pessoas já vivem esse refrão na pele mesmo sem cantá-lo.

Por isso as empresas de TIC têm que tomar um cuidado enorme. Cuidado esse que eu acho que algumas não estão tendo, seja porque não acreditam, seja porque não querem acreditar no recado. Mas a falta desse cuidado pode trazer grandes prejuízos para elas. E que cuidado é esse? Num post passado lembrei da história do Titanic. Inventaram de acelerar o navio para chamar a atenção da imprensa Nova Iorquina, acabaram batendo num iceberg porque não conseguiram desacelerar, e o resto da história você já sabe.

Ou seja, fatalmente as pessoas que trabalham com cronogramas apertados, e não estimados nem revisados por elas mesmas, vão viver um refrão de outra música de Titãs: "Não é que eu vou fazer igual, eu vou fazer pior". Essas pessoas não querem fazer pior, mas vão fazer. Por quê? Porque o cronograma não as deixa fazerem melhor.

Melhor seria se as pessoas cantassem esses refrões todos os dias, pois assim estariam mais conscientes do que estão vivendo na pele. Melhor ainda seria se pudessem cantar para seus líderes, chefes, gerentes, CEOs, ...; quem sabe assim a ficha cai para eles.

ABRE O OLHO, EMPRESA!